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Mãe luta para banir memes com a foto do filho com deficiência

A autraliana, AliceAnn Meyer, é mãe do pequeno Jameson, que nasceu com uma síndrome que leva à fusão prematura do crânio
14:51 | Fev. 05, 2016
Autor O POVO
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Tipo Notícia
Ao mesmo tempo em que é capaz de promover campanhas altruístas, a Internet tem sido espaço ideal para muitas pessoas demonstrarem sua intolerância e crueldade para com o próximo.

A autraliana, AliceAnn Meyer, é mãe do pequeno Jameson, que nasceu com uma síndrome que leva à fusão prematura do crânio, e trava uma luta contra o preconceito de internautas.

O menino teve o formato da face e da cabeça alterados por conta da doença e, apesar das dificuldades, AliceAnn se mantém apaixonada e comprometida nos cuidados com o filho.

Há cerca de dois anos, a mãe decidiu publicar uma foto de Jameson com o rosto sujo de chocolate no blog, intitulado Jameson’s Journey (A Jornada de Jameson), no qual descreve as dores e delícias de criar seu filho.

O que ela não esperava é que justamente a imagem publicada por ela como forma de combater deboches contra a aparência do menino se tornaria, posteriormente, mais um meme de Internet.

A partir do post, foram criados memes que comparavam a feição de Jameson com a de um cachorro da raça Pug, que logo viralizaram.
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Logo que descobriu as publicações ofensivas, a mãe tratou de escrever um novo texto no qual frisava no título: “Esse é meu filho Jameson, e não, você não pode usar sua foto”.

Na nova publicação, AliceAnn agradeceu aos usuários que foram contra e/ou que denunciaram os memes. Na mesma ocasião, ela pede que, caso as pessoas vejam algum post do tipo, entrem em contato com ela e denunciem. "O que leva uma pessoa a cometer tal coisa?", pergunta a mãe no mesmo texto.

Ela também faz duras críticas ao Facebook, porque, ao contrário do Instagram e do Twitter, que retiraram os memes imediatamente após denúncias, a rede social respondeu que a publicação “não violava seus padrões comunitários”.

Antes de rever sua afirmação e finalmente apagar o post, os memes circularam livremente durante 48 horas, resultando em prejuízos para a criança e sua mãe.

Redação O POVO Online

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