Vapes com vitaminas são proibidos pela Anvisa e apresentam riscos à saúde

Prometendo energia, vitalidade e relaxamento, esses cigarros eletrônicos ganharam destaque nas redes sociais

Health vapes, cigarros eletrônicos que tem como proposta a inalação de vitaminas A, B6, B12, C e D3, além de outras substâncias, têm ganhado atenção de internautas. Apesar de prometerem energia, vitalidade e relaxamento, esses vapes com vitaminas, cuja venda é proibida no Brasil, não têm eficácia comprovada e podem apresentar sérios riscos à saúde.

A comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar é proibida no Brasil de acordo com resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2009.

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No entanto, anúncios de health vapes podem ser encontrados em sites e redes sociais promovendo o produto como parte de um estilo de vida saudável.

Sobre os health vapes, a Anvisa informou, em nota, que não é possível a apresentação de vitaminas na forma de vaporizadores e que o produto não pode ser comercializado como suplemento alimentar.

“As formas farmacêuticas que podem ser utilizadas em suplementos alimentares são aquelas destinadas à administração e ingestão oral, ou seja, pela boca. Os suplementos podem ser sólidas, semissólidas ou líquidas, como cápsulas, comprimidos, líquidos, pós, barras, géis, pastilhas, gomas de mascar etc.”, orientou a instituição.

Vapes com vitaminas: quais são os riscos à saúde?

Não há embasamento científico para a absorção de vitaminas pela via inalatória ou que a reposição vitamínica sem necessidade apresente algum benefício para o corpo. É o que explica o pesquisador e médico pneumologista Ricardo Coelho.

Além de não haver comprovação de que a via inalatória apresente vantagens em relação à via oral, o médico coloca que qualquer queima ou inalação de fumaça é prejudicial à saúde, “independente do que é descrito na propaganda — de que a temperatura é fria ou que não há queima — qualquer inalação de fumaça é prejudicial, portanto não há nenhuma segurança na inalação de nenhum tipo de vape.”

O médico afirma que, para a Sociedade Brasileira de Pneumologia, o uso de cigarros eletrônicos, ou vapes, é totalmente contraindicado. “Nossa opinião, bem forte, é que deva ser completamente proibido, banido e evitado qualquer uso, de qualquer tipo de vapers,” alerta.

Ele justifica que o posicionamento está relacionado ao potencial de drogadição e à falta de segurança para efeitos adversos desses dispositivos. Além disso, não há comprovação de que a queima das substâncias presentes nesses cigarros não resulte em um componente prejudicial ao pulmão.

Para ele, os novos dispositivos são formas de maquiar a prevalência da ideia do cigarro e podem se tornar portas de entrada para o início do tabagismo, muito perigoso principalmente para crianças e adolescentes.

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