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Médicos cearenses desenvolvem técnica para tratamento de doença na próstata

A hiperplasia prostática é uma doença benigna que afeta cerca de 50% dos homens após os 50 anos de idade, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia
10:27 | Out. 08, 2019
Autor O Povo
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Tipo Notícia

Procedimento utilizando nova técnica para o tratamento da hiperplasia prostática foi realizado em Fortaleza no último fim de semana. Ao todo, três pessoas passaram pela cirurgia batizada enucleação prostática, que é menos agressiva e dá mais conforto e melhor recuperação para o paciente.

A hiperplasia prostática é uma doença benigna que afeta cerca de 50% dos homens após os 50 anos de idade, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia. O procedimento mais comum para o tratamento é uma cirurgia com anestesia geral na qual é feito um corte de mais ou menos 30 centímetros (cm). Com a enucleação, novo método desenvolvido no Ceará, é possível obter o mesmo resultado, através do canal da uretra, sem cortes, sem anestesia geral e com uma recuperação mais rápida.

A hiperplasia prostática benigna (HPB) pode ser identificada com os seguintes sintomas: dificuldade em urinar, jato urinário fraco, sensação de que a bexiga não foi completamente esvaziada, aumento do número de idas ao banheiro durante a noite e vontade incontrolável de urinar. Em alguns casos, a HPB pode causar sangue na urina, infecção urinária de repetição, cálculos na bexiga, retenção urinária e insuficiência renal.

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“Como todo novo procedimento, haverá alguma resistência. Contudo, acredito que, em breve, a enucleação prostática se tornará algo corriqueiro e aceito nos planos de saúde”, projeta o médico urologista Rômulo Silveira.

A enucleação de próstata já é considerada o melhor tratamento disponível para obstrução em próstatas volumosas (maiores que 80 gramas) pela Sociedade Européia de Urologia. Pode, também, ser realizada em próstatas menores, garantindo um resultado mais duradouro no longo prazo.

As principais vantagens do novo procedimento são a retirada de volume muito maior de tecido prostático, menor taxa de sangramento, menor risco gerado pela solução de irrigação, menor tempo internado, menor tempo com uso de sonda, garantindo os mesmos resultados de longo prazo da cirurgia aberta, só que de forma menos invasiva.

A idade não é um fator limitante para a técnica, explica Silveira, “desde que o paciente apresente condições clínicas (avaliadas antes da cirurgia por um cardiologista) e condições anestésicas (avaliada pela equipe anestésica), ele está apto ao procedimento".

Mesmo sendo benigna, se não for tratada corretamente, em alguns casos a próstata aumentada pode causar complicações como a deterioração da função da bexiga, afetando a qualidade de vida dos homens.

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