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Mortes por câncer de pulmão entre mulheres devem se estabilizar em 2030, aponta estudo

Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, mostram que mais de 27 mil pessoas foram a óbito em 2017
14:49 | Ago. 29, 2019
Autor David Moura
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Tipo Notícia

De acordo com um estudo inédito do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a taxa de mortalidade por câncer de pulmão entre as mulheres brasileiras vai encerrar uma tendência histórica de elevação em 2030 e estabilizar-se. A consequência direta desse cenário é a diminuição da prevalência do tabagismo na população feminina, resultado das ações da Política Nacional de Controle do Tabaco.

Essa estimativa integra o estudo inédito “A curva epidêmica do tabaco no Brasil: para onde estamos indo?”, lançado hoje, 29, data em que comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo, pelo Ministério da Saúde e o Inca. O levantamento apresenta as tendências temporais da taxa de mortalidade por câncer de pulmão observadas de 1980 a 2017 e estimadas até 2040.

O estudo aponta também que a taxa de mortalidade por câncer de pulmão entre os homens subiu continuamente desde o início da década de 80, estabilizou-se a partir de meados dos anos 90 e começou a cair em 2005 e deve manter essa tendência nos próximos anos. Essa diminuição é reflexo da redução da prevalência de fumantes incentivada pelas ações de controle do tabagismo.

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Além disso, o tabagismo é responsável por mais de dois terços das mortes por essa doença no mundo. No Brasil, o câncer de pulmão, que abrange tumores na traqueia, brônquios e pulmões, é o tipo que mais mata homens e o segundo em relação às mulheres, depois do câncer de mama. A razão entre a mortalidade de pessoas do sexo masculino/feminino diminuiu de 3,6 em 1980 para 1,7 em 2017.

Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, mostram que mais de 27 mil pessoas foram a óbito em 2017 devido a essa causa. Os impactos da diminuição do número de fumantes na redução da mortalidade por câncer de pulmão demoram décadas para serem percebidas, porque um fumante leva de 20 a 30 anos para desenvolver a doença.

“O estudo confirma o que já sabíamos: a redução do tabagismo salva vidas. Nosso programa de controle do tabagismo é um êxito, mas precisamos avançar principalmente nas medidas de prevenção à iniciação do tabagismo entre os jovens”, conclui a chefe da Divisão de Pesquisa Populacional do Inca e também autora do estudo, Liz Almeida.

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