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Excesso de açúcar pode levar à depressão, revela estudo

O consumo de açúcar foi medido por 15 itens que incluem refrigerantes, sucos industrializados, doces, bolos, biscoitos e açúcar adicionado ao café
22:10 | Ago. 03, 2017
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Um novo estudo revelou que as dietas com alto teor de açúcar, relacionadas ao consumo de refrigerantes e doces, podem estar associadas a uma maior chance de problemas mentais comuns, como ansiedade e depressão leve. A pesquisa foi realizada com homens.

Liderado por Anika Knüppel, o trabalho do University College London, do Reino Unido, foi publicado na última quinta-feira, 27, na revista Scientific Reports. Anika afirma que os resultados mostram efeito prejudicial de longo prazo na saúde mental dos homens, ligado ao excessivo consumo de açucar de alimentos e bebidas doces.

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Estudo anteriores apontaram que o excesso no consumo de açucar já havia sido relacionado a uma prevalência mais alta de depressão em variados estudos anteriores. Até agora, no entanto, cientistas não tinham conhecimento se a ocorrência do problema mental desencadeava um consumo maior de açucar ou se os doces é que levavam à depressão.

Para descobrir se a voracidade por açucar é causa ou consequência dos problemas mentais, os cientistas analisaram os dados de 8.087 britânicos com idades entre 39 e 83 anos, coletados por 22 anos para um estudo de larga escala. As descobertas foram feitas com base em questionários sobre e a saúde mental de participantes.

Para um terço dos homens houve aumento 23% da ocorrência de problemas mentais depois de cinco anos,  independentemente de obesidade, comportamentos relacionados à saúde, do restante da dieta e de fatores sociodemográficos.

O consumo de açucar foi medido por 15 itens que incluem refrigerantes, sucos industrializados, doces, bolos, biscoitos e açúcar adicionado ao café. Para homens, foi considerado alto consumo uma quantidade superior a 67 gramas por dia e, para mulheres, acima de 50.A Organização Mundial da Saúde recomenda uso máximo de 50 gramas por dia e aponta o ideal é não passar dos 25.

Para Paulo Mattos, neurocientista do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino, é necessário pesquisar mais para uma conclusão definitiva. "O estudo se refere a quadros de ansiedade e depressão bastante leves e gradativos. Mesmo em um estudo que abrange mais de 20 anos, é difícil dizer se antes desse recorte as pessoas já tinham sintomas."

 

Redação O POVO Online

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