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Parteiras podem evitar dois terços das mortes de mães e recém-nascidos

De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas, as parteiras também são capazes de oferecer 87% de todos os serviços relacionados à saúde sexual e reprodutiva materna e ao desenvolvimento do recém-nascido

13:42 | 05/05/2015
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No Dia Mundial da Parteira, lembrado nesta terça-feira, 5, o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) destacou que o trabalho das parteiras pode evitar cerca de dois terços de todas as mortes maternas e entre recém-nascidos registradas no mundo. A estimativa do fundo é que o serviço dessas profissionais salve 300 mil mulheres e 3 milhões de bebês todos os anos.

De acordo com a entidade, as parteiras também são capazes de oferecer 87% de todos os serviços relacionados à saúde sexual e reprodutiva materna e ao desenvolvimento do recém-nascido. Ainda assim, apenas 42% das pessoas com habilidades para serem parteiras trabalham nos 73 países onde são registradas mais de 90% das mortes maternas e de recém-nascidos.

Desde 2008, o fundo das Nações Unidas trabalha em parceria com governos e formadores de políticas públicas na tentativa de construir uma força-tarefa de parteiras competentes e bem treinadas para atuar em localidades de baixa renda.
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Alana Pozelli, de 27 anos, trabalha como parteira no interior de São Paulo desde 2013. Ela faz parte do grupo Parteiras Aurora, formado por quatro enfermeiras obstétricas e uma enfermeira assistente que atendem gestantes em casa. O acompanhamento começa durante a gestação e vai até o pós-parto, com auxílio na amamentação e nos cuidados com o períneo.

"Atendemos sempre em dupla. Desta forma, se acontece alguma complicação com a mãe e com o bebê juntos, estando em duas, fica mais fácil lidar. Além do mais, diante de qualquer situação, uma consegue ajudar a outra e discutir o caso. Dá mais segurança", explicou.

Para a profissional, que prefere ser chamada de parteira urbana, a atuação das parteiras em países como o Brasil é fundamental, uma vez que ajuda a desvincular a ideia do parto centrada no hospital e no médico. A ideia, segundo Alana, é fazer as mulheres entenderem que podem parir e que são protagonistas nesse momento.

"Nós, parteiras, vamos contra o modelo vigente no país, com altas taxas de cesáreas. Mas mudar a mente das pessoas é muito difícil. A gente ainda enfrenta muito preconceito. A informação é um divisor de águas. Hoje, as mulheres têm procurado muito esse tipo de serviço", explicou.
Agência Brasil
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