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Ministério lança campanha de doação de leite materno para bebês prematuros

A campanha foi lançada em comemoração ao Dia Mundial de Doação de Leite Humano, celebrado nessa terça-feira, 19

16:14 | 20/05/2015
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Atualizada às 21 horas

O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira, 20,  a Campanha Nacional de Doação de Leite Materno, que visa a aumentar as doações principalmente para bebês prematuros. O tema deste ano é "Seja doadora de leite materno e faça a diferença na vida de muitas crianças".

A campanha foi lançada em comemoração ao Dia Mundial de Doação de Leite Humano, celebrado nessa terça-feira, 19.

O objetivo é aumentar o número de novas doadoras voluntárias e o volume de leite materno coletado e distribuído para recém-nascidos, especialmente prematuros de baixo peso internados em unidades de saúde. Atualmente, o volume de leite materno coletado representa de 55% a 60% da real demanda no País.

O estado do Ceará conta com nove bancos de leite humano, além de dez postos de coleta. Em 2014, 12.690 mulheres doaram 6,6 mil litros de leite materno que beneficiaram mais de 8 mil bebês.

[SAIBAMAIS2] 

"Nossa meta é que a gente consiga ampliar em 15% a doação de leite humano voltado prioritariamente para bebês prematuros. Um litro de leite humano vai auxiliar dez bebês prematuros. É fundamental que todas possam fazer parte dessa história", destacou a ministra interina da Saúde, Ana Paula Soter.

Coleta

Dados do Ministério indicam que, de janeiro a dezembro de 2014, foram coletados em todo o Brasil 184 mil litros de leite materno, beneficiando 178 mil recém-nascidos. Ao todo, 164 mil mulheres doaram leite neste período. De 2008 até 2014, aumentou em 11% no volume de coletas de leite materno no país.

"Hoje em dia, felizmente, as pessoas já têm noção da importância do leite materno", avaliou o coordenador da Área de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, Paulo Bonilha.

[SAIBAMAIS2] 

Ele lembrou que a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida e o aleitamento complementar até os 2 anos ou mais.

Redução da mortalidade

Números apresentados pelo ministério mostram que o consumo de leite materno é capaz de reduzir a mortalidade infantil (crianças menores de 5 anos) em até 13%. No Brasil, 67,7% das crianças mamam na primeira hora de vida e a duração média do aleitamento materno exclusivo é 54 dias. Além disso, 41% dos menores de 6 meses tiveram alimentação exclusivamente por leite materno.

A rede brasileira conta com 215 bancos de leite e 98 postos de coleta. Atualmente, todos os estados têm pelo menos um banco de leite. O Distrito Federal é a única unidade federativa que consegue ter suficiência de leite humano para todos os prematuros.

Proteção

De acordo com o Ministério da Saúde, com o leite materno, o bebê fica protegido de infecções, diarreias e alergias. Além disso, a criança cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido e fica menos tempo internado. O aleitamento materno também diminui o risco de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.

Já para a mãe, a amamentação ajuda o útero a recuperar o tamanho original, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia. As chances de adquirir diabetes ou de desenvolver câncer de mama e de ovário também diminuem significativamente com a amamentação.

Segundo a pasta, toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. Basta estar saudável e não estar tomando nenhum medicamento que interfira na amamentação. Quem tiver interesse em doar leite materno deve procurar o banco de leite mais próximo ou ligar para o Disque Saúde no número 136.

 

Agência Brasil

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