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MS e Anvisa anunciam mudança no cálculo de ajuste de preços de medicamentos

Os novos critérios devem adequar o índice à realidade do mercado farmacêutico, favorecendo a concorrência. A expectativa é que o índice seja menor em relação ao que seria quando calculado com a regra anterior

19:44 | 27/02/2015
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O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciaram nesta sexta-feira, 27, que o cálculo feito para reajustar os preços de medicamentos em todo o País passará por mudanças.

Os novos critérios devem adequar o índice à realidade do mercado farmacêutico, favorecendo a concorrência. A expectativa é que o índice seja menor em relação ao que seria quando calculado com a regra anterior, que o percentual médio de reajuste fique abaixo da inflação, e que mais medicamentos tenham o menor reajuste de preço.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, acredita que a mudança, ao reduzir o percentual de ajuste de preço, deve impactar nos gastos com medicamentos no País. Em um ano, a redução pode chegar a R$ 100 milhões para o mercado geral de remédios, famílias, governos e prestadores de serviços que compram medicamentos.

Entre os fatores da mudança está o maior acompanhamento do setor, que terá atualização de dados semestral por parte da indústria, facilitando o monitoramento de mudanças e tendências no mercado.

O percentual de reajuste será divulgado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos no dia 31 de março, após a publicação oficial do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como prevê a regra.

Consumidor

Para o consumidor, o impacto da mudança vai interferir no rol de medicamentos sujeitos ao maior reajuste de preço, diminuindo o peso no bolso de quem compra.

A maioria dos medicamentos (51,73%) vai aplicar o menor índice de reajuste. São produtos de maior custo, de baixa concorrência e alta tecnologia, que compõem grupo classificado como mercado altamente concentrado.

São três níveis de reajuste de preço, definidos conforme a concorrência dos grupos de mercados, classificados como não concentrados, moderadamente concentrados e altamente concentrados.

O grupo autorizado a fazer o menor reajuste de preço será ampliado porque o novo cálculo adotará modelo internacional para a medição do poder de mercado individual de empresas ou grupos econômicos, o Índice Herfindahl-Hirschman (IHH).

Redação O POVO Online

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