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Uso de celular ou tablet à noite pode prejudicar o sono

Especialista de Havard alerta que luz emitida por esses dispositivos é especialmente danosa à indução natural da sonolência

11:19 | 23/05/2013
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Uma notícia não muito boa para os fãs dos joguinhos Angry Birds e Candy Crush, os viciados em Facebook e outros entretenimentos do mundo digital. Ficar muito tempo olhando para a tela de seu smartphone ou tablet durante a noite pode prejudicar o sono e, consequentemente, a sua saúde. Quem alerta é o especialista Charles Czeisler, da Faculdade de Medicina de Havard, em um artigo publicado na edição de hoje na revista inglesa Nature.

“O sono é essencial para a nossa saúde física e mental. Por isso, é vital que aprendamos mais sobre o impacto do consumo de luz e outras formas pelas quais nosso ‘modo de vida 24 horas’ afeta o sono, os ritmos circadianos e a saúde”, afirma Czeisler.

O “relógio biológico” do organismo é naturalmente controlado pela exposição à luz. Quando a única fonte de luz era o Sol, esse controle era simples: ou era dia ou era noite. Desde que a luz elétrica foi inventada, porém, criou-se uma área cinzenta – ou de penumbra – cada vez maior entre esses dois períodos, que desregula toda a fisiologia do organismo associada aos estados de alerta e sono.

“O resultado é que muita gente continua checando e-mails, fazendo lição de casa ou vendo TV até tarde sem nem se dar conta de que já está no meio da noite”, diz Czeisler na Nature.

O fator complicador dos tablets, smartphones, laptops e outros gadgets luminosos, segundo ele, a luz do tipo LED usada para iluminar suas telas é rica em radiação azul, que tem menor comprimento de onda, e que interfere muito mais nos ciclos circadianos do que a radiação vermelha ou laranja (de maior comprimento de onda), que prevalece nas lâmpadas incandescentes e na luz natural do entardecer, e que inicia a liberação de melatonina.

Segundo o site Estadão de São Paulo, o período mínimo de sono recomendado pelos médicos é de sete a nove horas por dia. Nos Estados Unidos, porém, cerca de 30% das pessoas empregadas dorme menos do que seis horas, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, citados pela Nature.

Redação O POVO Online

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