Nova vacina anticocaína está perto de ser aprovada para uso em terapias de dependência química, em Nova York. O mdedicamento (dAd5GNE), que tem sido usado com sucesso em primatas não-humanos, combina elementos de vírus do resfriado comum com o GNE, partícula que imita a cocaína, e impede a alta de dopamina associada à droga.

O presidente do departamento de medicina genética da Universidade Médica Weill Cornell disse à revista “Wired” que a nova vacina ‘come’ a cocaína no sangue como um Pac-Man, antes que a droga chegue ao cérebro. Assim, segundo ele, mesmo que a pessoa recaia no vício, a cocaína não surte efeito, pois o corpo é estimulado a tratar a cocaína como um intruso e a montar uma resposta imunitária contra a droga.

De acordo com os resultados do estudo, primatas não-humanos que receberam a vacina apresentaram níveis bastante reduzidos da ligação de cocaína com o transmissor da dopamina, cerca de 20%, bem abaixo dos 47% necessários para fazerem a droga surtir efeito.

Para o presidente do departamento de medicina genética, a vacina anticocaína exigirá doses de reforço nos seres humanos, mas ainda não foram mensuradas quantas vezes essas doses de reforço serão necessárias.