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Fumo passivo é prejudicial para as crianças

08:18 | 16/10/2012
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Fumar no carro cria uma taxa de poluição por particulados três vezes superior ao nível máximo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para um ar interior de qualidade, segundo estudo publicado esta terça-feira.

Este nível pode afetar a saúde das crianças passageiras do veículo, destacam os autores do estudo, chefiado pelo doutor Sean Semple, da Universidade de Aberdeen (Escócia) e publicado na revista Tobacco Control, que faz parte do grupo Bristish Medical Journal.

O estudo, realizado no Reino Unido, se baseou em 83 percursos de carro, com duração média de 27 minutos. Do total de viagens, 34 foram feitas por não fumantes.

Nos trajetos de fumantes, a taxa de particulados alcançou uma média de 85 microgramas/m3, dez vezes superior ao nível observado nos trajetos de não fumantes (7,4 Ág/m3 em média).

A OMS fixou seu limite médio de concentração de particulados em um máximo de 25 Ág/m3 para um ar interior de qualidade.

O aumento da taxa de partículas finas no ar é um fator de risco para diversas doenças cardiovasculares e respiratórias, assim como para o câncer de pulmão.

O fumo passivo causa vários problemas de saúde em crianças, como morte súbita, asma, complicações respiratórias e patologias do ouvido, destacou o doutor Sean Semple.

"As crianças, explica, são mais expostas ao risco porque têm uma frequência respiratória mais rápida e um sistema imunológico menos desenvolvido, além do que não podem se distanciar da fonte (de tabagismo), estejam em um carro ou em casa", acrescentou.

Neste sentido, os autores do estudo manifestaram seu apoio à proposta de proibir o tabaco nos carros, apresentada em 2010 pelo Royal College of Physicians, organismo que representa mais de 20.000 médicos e assessora o governo britânico.

Vários países como Canadá, Estados Unidos, Austrália, Chipre e África do Sul já adotaram leis para proibir o fumo no carro quando há crianças a bordo.

 

AFP

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