No Rio, Toffoli discursa em defesa dos direitos humanos de refugiados
Ao abrir a cerimônia, no Tribunal de Justiça do Rio, Dias Toffoli lembrou que em 2017 foram solicitados ao Brasil 33.866 reconhecimentos da condição de refugiado; 17.865 eram de venezuelanos. Ele pontuou que se trata de uma "questão global, que deve engajar órgãos internacionais, governos, organizações governamentais e não governamentais na busca por soluções pautadas no respeito e na afirmação dos direitos humanos dessas pessoas. Devemos estar sempre conscientes das necessidades do outro".
Mencionando os 30 anos Constituição, o ministro destacou que é preciso "acolher, proteger, promover e integrar cidadãos do mundo em busca de um lugar e de uma oportunidade para construir uma vida digna". Ele também lembrou os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e elogiou a legislação brasileira de proteção aos refugiados. "É tempo de renovar o nosso compromisso com a afirmação dos direitos inerentes à pessoa humana com a construção de um mundo de paz."
O prêmio Amaerj deste ano premia trabalhos de magistrados e de jornalistas com temas como refugiados, escravidão, fome, violência urbana e feminicídio. O prêmio hors concours foi para a Cáritas, instituição vinculada à Arquidiocese do Rio que auxilia refugiados.
Mais cedo, Dias Toffoli participou da assinatura da adesão do TJ ao Processo Judicial Eletrônico (PJe), uma medida que objetiva tornar a tramitação de ações judiciais mais racional e ágil - cercado por jornalistas, ele também não deu entrevista ao deixar o TJ. O magistrado quer implementar medidas para reduzir a população carcerária até 2020 em 40%; entre elas, a realização de audiências de custódia e de mutirões carcerários.
Agência Estado
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