'Escola sem partido não entra na USP', garante reitor
Como o senhor vê a universidade no atual momento político?
Os problemas da sociedade repercutirem na universidade é uma coisa natural. O que me preocupa é explicar o que é uma universidade de pesquisa para a sociedade. A sociedade não entende a gente. Políticos dos dois lados afirmam coisas similares. De um lado, ensino é caro, então privatiza. De outro, é caro e precisamos fortalecer o básico. O que ambos dizem é que a universidade está cara e não precisamos dela.
O senhor defende o ensino gratuito?
Sim. O grosso dos alunos é classe média baixa. Não vai poder cobrar U$ 75 mil como Yale, nem os ricos brasileiros têm. A última vez que fizemos contas, para cobrar em proporção com que o aluno tem, as mensalidades não davam nem 8% do orçamento. A universidade está contribuindo para o desenvolvimento do País? Se está, é um investimento.
O governador eleito de São Paulo, João Doria, disse que é a favor do projeto Escola sem Partido. Qual sua opinião?
Na USP, é impossível. Obedecemos às leis, mas coisas que ferem nossa autonomia, a USP não precisa seguir. Isso fere. A universidade é um locus de debate. Formamos cidadãos.
Mas e se houver denúncias de alunos?
Denunciar para quem? Não vou criar um mecanismo de controle ideológico na USP.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agência Estado
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