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Bolsonaro avalia entregar Comunicação a general

11:20 | Nov. 28, 2018
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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse nesta terça-feira, 27, que o general da reserva Floriano Peixoto Vieira Neto poderá ir para a Secretaria de Comunicação Social (Secom). A ideia é que o general possa cuidar dos contratos de publicidade do governo, área que gera preocupação entre a equipe presidencial. Se confirmado, será o quarto general a ocupar posto de destaque no Palácio do Planalto.

A Secom ficará subordinada à Secretaria-Geral da Presidência, que será comandada por Gustavo Bebianno. O presidente indicou ainda que poderá levar a senadora Ana Amélia (PP-RS) para ser a porta-voz do seu governo. "Excelente pessoa. Se for possível, nós a aproveitaremos, ou melhor, a convidaremos", afirmou Bolsonaro.

A Secom tem sido uma das áreas de disputadas no novo governo, chegando a provocar discórdia entre o vereador no Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente eleito e que coordenou a campanha nas mídias sociais, e Bebianno. Hoje, a área de comunicação está vinculada à Secretaria Geral e, depois de idas e vindas para outros lugares do Planalto nesta terça, foi batido o martelo que permanecerá lá. Por conta das disputas, na semana passada, Carlos deixou Brasília anunciando que estava se afastando da sua atuação neste setor.

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Apesar das polêmicas, Bolsonaro ainda quer convencer o filho, de alguma forma, mesmo que no Rio de Janeiro, a continuar ajudando no comando das postagens das redes sociais. Por isso mesmo, o desenho não está fechado. O governo quer reduzir o tamanho da Secom e focar os trabalhos na área digital.

O general Floriano Peixoto, que também comandou missão do Brasil no Haiti - assim como Carlos Alberto Santos Cruz, que vai chefiar a Secretaria de Governo (mais informações nesta página) -, já integra a equipe de transição e ajudou nos estudos da área de Comunicação. Quando estava na ativa, o general integrou a equipe do Centro de Comunicação Social do Exército, e a ideia é que ele tome conta dos contratos de publicidade.

No início da transição, o vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, visitou as empresas de publicidade Isobar e TV1, que dividem a conta digital da Secom. A ideia inicial é prorrogar por mais um ano os atuais contratos, que vencem em março. Mas estes acertos serão conduzidos e carecem de aprovação do general Floriano Peixoto.

Número de pastas

Após um dia inteiro de discussões sobre redesenho do Palácio do Planalto e busca por nomes para ministérios, o presidente eleito anunciou que serão 20 pastas "no máximo" e justificou que foi preciso ampliar o número de ministérios "por uma governabilidade". "(Até porque) não poderia sobrecarregar demais uma pessoa em um ministério e, por isso, refizemos alguma coisa e ainda assim teremos quase metade do que tem aí." Inicialmente, a ideia era que fossem 15, no máximo 17 ministérios.

Bolsonaro tentou explicar também a polêmica causada pela indicação do general Carlos Alberto dos Santos Cruz para a Secretaria de Governo - que tem, entre as suas atribuições, a relação com o Congresso.

"Não está confuso. Nós estamos em um time. Todo mundo tem de jogar a bola prá frente", disse o presidente, acrescentando que o general Santos Cruz "é uma pessoa que vocês vão se surpreender no trato com os parlamentares". "No meu entender, é uma pessoa qualificada para a função", emendou. Santos Cruz continua em viagem a Bangladesh e só conversará com Bolsonaro na semana que vem.

O presidente eleito anunciou que o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, "vai ser o comandante dessa área (articulação)" e terá ao seu lado um grupo de parlamentares para ter contato diretamente com o Congresso. Segundo ele, será uma articulação "compartilhada". "Todo mundo vai ter de jogar junto. Eu vou conversar com os parlamentares também. Todo mundo vai conversar e buscar solução para os problemas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agência Estado

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