Preso, Perillo depõe e nega crimes
O tucano é investigado na operação Cash Delivery e já havia sido alvo de busca e apreensão na sexta-feira, 28. Em 28 de setembro, Perillo foi alvo de busca e apreensão. Jayme Rincón, ex-tesoureiro de Perillo e coordenador da campanha ao governo do Estado de José Eliton (PSDB) - aliado do tucano e que busca a reeleição -, foi preso pela PF na ocasião com R$ 900 mil.
Segundo seu advogado Antonio Carlos de Almeida Castro Kakay, "Marconi Perillo prestou longo depoimento enfrentando absolutamente todos os pontos que a Polícia Federal indagou".
"Ele estava na sede da PF para prestar depoimento quando foi surpreendido com o decreto de prisão. Nenhum fato novo surgiu que justificasse esta prisão. A Polícia Federal agiu com serenidade e profissionalismo e os direitos do Marconi foram preservados", afirmou.
A defesa confirmou que o ex-governador se encontra na sede da Polícia Federal. "Mesmo considerando injusta a prisão, ele resolveu prosseguir no depoimento pois tem certeza de que não praticou nenhum ato ilícito. Entende a defesa técnica que tudo foi satisfatoriamente esclarecido".
"É evidente que toda e qualquer pessoa pode ser investigada, ninguém está acima da lei, mas a prisão por fatos pretensamente ocorridos em 2010 e 2014 é teratológica, não encontra amparo na jurisprudência do Supremo Tribunal. Vivemos um momento punitivo e de criminalização da atividade política. Esta tensão desnecessária não faz bem para a estabilidade democrática", sustenta a defesa.
O advogado faz referência ao Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1). "Assim como o TRF já concedeu liberdade a outros investigados, afastando o equivocado argumento de necessidade de prisão nesse momento, a defesa acredita na altivez e independência do tribunal, para que a Justiça seja resgatada."
Agência Estado
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente