Candidatos ao governo do RS trocam ataques no primeiro debate do 2º turno
Logo no início, em pergunta sobre concessões de rodovias, Leite acusou Sartori de ser "especialista em parar as coisas", ao afirmar que o governador não colocou em prática um plano de concessões para o RS e deixou obras paradas. O emedebista respondeu que o tucano "não conhece a realidade" e que "ninguém precisa se apressar" para fazer as obras.
Apesar de propostas apresentadas em alguns momentos, o clima tenso permaneceu em todo o encontro, que durou duas horas. Os ânimos se acirraram quando o assunto foi o diálogo com o funcionalismo público. Leite questionou Sartori se o governador, caso reeleito, conversaria com a classe, afirmando que isso não teria ocorrido nos últimos quatro anos. "O senhor não foi no debate com os servidores públicos", disse o tucano.
"O acerto entre as campanha eleitorais foi entre todos. Cada um procura o que quiser. Fomos arrumando a casa. Não foi decisão política parcelar salários", respondeu o emedebista. Diante da crise fiscal do RS, os servidores recebem salários parcelados há mais de 30 meses.
Após a resposta de Sartori, o clima esquentou. Leite acusou: "O senhor, da forma como está colocando, dá a sensação de que o governo do Estado está perfeito. O Estado não está no rumo certo". "Eu não retiro o que disse porque sou atacado pelo senhor e nunca lhe respondi", afirmou Sartori. "Por mim? Não se vitimize!", retrucou Leite. "Estou lhe dizendo publicamente: o senhor tenha calma e paciência. Quando o senhor abusa, abusa indelicadamente. O senhor me respeite! O senhor me respeite!", se exaltou Sartori.
Neste momento o mediador interveio e pediu calma para os candidatos. Leite venceu o primeiro turno da eleição ao governo gaúcho com 35,9% dos votos. Sartori obteve 31,11%.
Agência Estado
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente