'Eleição vai definir se Brasil crescerá 4% ou -2% ano que vem', diz Arida
"Esta eleição vai definir se o Brasil crescerá 4% ou -2% no ano que vem", comentou Arida. "A economia funciona muito conforme as sinalizações e precisamos dar as sinalizações corretas", afirmou Arida.
A primeira vertente, comentou o economista, é a fiscal. "Estamos em situação de déficit pelo sexto ano consecutivo, com dívida muito elevada para padrões internacionais e risco externo que bate na nossa porta - Argentina, que fez reformas estruturantes, mas negligenciou o déficit público", declarou.
"Precisamos fazer uma reforma da Previdência e equalizar o déficit público. Somos filosoficamente e totalmente contra a volta da CPMF, se fosse bom, o resto do mundo já teria feito. Gostaria de dizer que pretendemos reduzir a carga tributária, mas seria irresponsável da minha parte", comentou. "Mesmo assim, nosso plano permite zerar o déficit sem aumentar a carga tributária", afirmou.
O plano fiscal do PSDB, disse Arida, prevê zerar o déficit fiscal em dois anos. "Queremos zerar o déficit em dois anos, pois várias das mudanças constitucionais que precisarão ser feitas em 2019 só produzirão efeito em 2020. Acho que dá para zerar o déficit público e ir além, gerar um superávit fiscal de 2% a 2,5% no último ano do governo", comentou.
A segunda vertente do programa prevê uma agenda modernizante da economia. "Prevemos um conjunto de reformas e leis que assegurem à economia condições para garantir o investimento privado. O investimento público está em nível mínimo histórico e gostaria de dizer que vamos aumentar, mas não é o caso", comentou.
"A boa noticia é que não precisamos de investimento público se houver condições apropriadas para atrair investimento privado; o Brasil tem grandes oportunidades, basta criar condições para que o investimento privado nacional-estrangeiro cresça", declarou.
Já a terceira frente no capítulo tucano é a reforma do Estado. "Temos que criar marcos jurídicos adequados. Em todas as atividades de infraestrutura, é preciso marco regulatório adequado, assim como um programa de desburocratização. Agencias reguladoras são peça crítica e infelizmente foram politizadas", apontou o economista.
De acordo com Arida, o orçamento baixo das agências reguladoras reduz a capacidade técnica destes órgãos. "As agências precisam ser normatizadas e simplificadas", disse. Isso permitiria, na sua avaliação um ganho de segurança jurídica.
Agência Estado
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