Marina visita agricultores e é pressionada por políticas ao pequeno produtor
Os agricultores, entretanto, pareceram céticos ou ouvir as propostas e citaram diversas burocracias do setor. "É tudo uma coisa leva a outra. Não se tem regularização fundiária. Não se consegue entrar no programa de aquisição de alimentos", disse uma agricultora.
Na ocasião, Eduardo Jorge, vice de Marina e conhecido na comunidade, saiu em defesa de sua aliada. "Uma coisa muito importante é que o candidato a presidente tem condição de orientar. Vai trabalhar com os Estados e municípios. Não pode também pensar que Brasília vai resolver tudo. Mas com a orientação do governo federal e o diálogo com os Estados e municípios a gente chega perto de todas as famílias", argumentou. "Isso é uma determinação que ela (Marina) pode ajudar muito", disse.
Marina fez um discurso em defesa da agricultura familiar e sua importância na geração de emprego e abastecimento de alimentos. "O nosso programa de governo prioriza assistência técnica, o crédito acessível para os agricultores familiares e os agroecológicos. Também priorizamos tecnologias adequadas feitas pela Embrapa, além do fortalecimento de aquisição de alimentos e os programas de alimentos da agricultura familiar nas escolas, porque isso dá apoio para o agricultor ter como vender sua produção", defendeu.
Ernesto Oyama, agricultor da região e primeiro presidente da cooperativa que recebeu Marina, disse que as políticas do setor são restritivas. "Falta política agrícola para os pequenos", argumentou.
Já Valéria Maria Macoratti, presidente da Cooperapas, disse a Marina que buscou bancos para financiar um trator de pequeno porte para sua propriedade, sem sucesso. "Eu disse para o gerente: eu não estou te pedindo de presente. Eu tenho braço, sou forte, quero trabalhar", disse.
"As pautas para ajudar no desenvolvimento da região são simples, mas precisa de vontade", argumentou o também agricultor da cooperativa Arpad Spalding. Questionado sobre as dificuldades de se por em prática tais medidas e se Marina seria capaz de executá-las, titubeou: "Eu acho que... não faço a menor ideia", sorriu, e emendou: "Eduardo Jorge conhece a região há bastante tempo e teve um papel importante, eu acho que ele vai ter esse olhar sempre. Vai ajudar, com certeza", disse, destacando também a presença de Marina.
Agência Estado
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