Rio Grande do Sul mantém tradição histórica de 'polarização'
Segundo o professor e cientista político da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Aragon Dasso Júnior, a polarização da política gaúcha é uma "constante", apesar de alguns discursos contrários pregando a "união" - o atual governador José Ivo Sartori (MDB), por exemplo, foi eleito em 2014 com o discurso de "união dos chimangos e dos maragatos". "O fato de alguém vencer não associado à divisão não significa que a vitória dele não seja a vitória de um dos blocos polarizados. O que aconteceu foi um discurso retórico que tentou suavizar a polarização."
Os principais postulantes ao governo gaúcho reconhecem que existe uma polarização histórica, mas mantendo a tradição, divergem sobre a força atual desse processo e como lidar com isso. Enquanto alguns afirmam que ela enfraqueceu, outros propõem "unir o Rio Grande" ou manter esse quadro.
Para Jairo Jorge, pré-candidato do PDT, "os gaúchos já sofreram muito com a polarização" e sua campanha será pautada pela convergência. Já Luis Carlos Heinze (PP) disse que o partido buscará alianças e trabalhará numa "linha de ação mais à direita". Eduardo Leite (PSDB) afirmou que, para ele, "do ponto de vista histórico essa é a eleição menos polarizada". O pré-candidato do PT, Miguel Rossetto, não respondeu à reportagem.
Agência Estado
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