'O radicalismo não é caminho, é descaminho', diz Alckmin
"Há dez candidatos fora dos extremos, até porque o extremismo, o radicalismo, não é caminho, isso é descaminho. Temos dez e precisa unir um pouco. É necessário defender uma convergência democrática e reformista", declarou em evento direcionado a prefeitos da região, ao lado do ex-governador e pré-candidato ao Senado no Paraná, Beto Richa (PSDB) - que nesta semana se tornou réu na Justiça Federal por suposto uso ilegal de verbas da saúde.
O tucano minimizou o resultado da pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira, que o coloca em quarto lugar, num cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - condenado e preso pela Operação Lava Jato - com 6% das intenções de votos. "Não tem nenhuma mudança em relação às pesquisas anteriores. No nosso caso, caiu a rejeição, uma coisa boa, ninguém praticamente saiu do lugar e a campanha só começa depois do horário do rádio e da televisão. Hoje ninguém nem sabe ainda quem vai ser candidato", declarou. Ele tem o quarto maior índice de rejeição, com 22%, segundo a pesquisa.
Em relação à primeira posição mantida pelo ex-presidente Lula (PT) na pesquisa, ele destacou que já derrotou o petista no Paraná, em 2006, quando obteve 53% dos votos no Estado contra 38%. "Já enfrentei o Lula e aliás ganhei aqui no Paraná com uma larga margem, só que era o Lula todo-poderoso, de reeleição, presidente da República. Acho difícil que ele seja candidato. Quem for o candidato do PT é nosso concorrente, vamos trabalhar para vencer", disse.
Em relação a possível indicação de Aldo Rebelo (Solidariedade) na sua chapa como vice, Alckmin desconversou e afirmou que o nome "não vai ser decidido agora e não tem convite para ninguém". O ex-governador paulista elogiou ainda a pré-candidatura do apresentador Datena (DEM) ao Senado na chapa de João Doria (PSDB) em São Paulo. "Ele é um grande comunicador, tem credibilidade, e pode ter uma votação gigante", declarou.
O tucano disse ainda que as alianças só vão ser fechadas no final de julho, com as convenções partidárias, e que só o PSDB possui cinco legendas já aliadas na chapa de concorrência ao Planalto. "Ninguém tem hoje dois partidos, nenhum candidato à presidente, nós já temos 5 partidos importantes", afirmou.
Agência Estado
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