"Aqui no Brasil não existe isso de racismo", diz Bolsonaro em Fortaleza
A afirmação de Bolsonaro foi feita no mesmo dia em que a Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu em parecer o recebimento da denúncia no Supremo Tribunal federal (STF) contra o presidenciável por racismo contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs.
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AssineA denúncia narra que em uma palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em abril de 2017, o deputado, em pouco mais de uma hora de discurso, "usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais".
Em seu discurso, Bolsonaro disse que a demarcação de terras indígenas deve ser direcionada para a aquisição de royalties com a mineração. "Quem é o índio? Ele não tem dinheiro. Não fala a nossa língua. Como ele consegue grandes espaços de terra? A esquerda os mantém em grandes espaços como se fossem animais em um zoológico. Isso vai mudar", disse.
O deputado federal também aproveitou o evento desta quinta-feira em Fortaleza para fazer críticas ao programa Mais Médicos, do Governo Federal. Segundo ele, Cuba exportou ao Brasil guerrilheiros "fantasiados de médicos".
Bolsonaro chegou em Fortaleza no final da manhã. No Aeroporto Pinto Martins, falou com simpatizantes de cima de um trio elétrico na parte externa do terminal. Em seguida, partiu para a Praça Portugal, no bairro Meireles, onde discursou, também em cima do trio elétrico, com apoiadores, dentre eles o presidente estadual do PSL, Heitor Freire.
Agência Estado
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