Presidenciáveis querem 'colaboração' de Joaquim Barbosa em suas campanhas
"Boa parte da base da nossa proposta para 2018 está construída em cima do programa de 2014, que fizemos juntos", disse, lembrando que o então candidato do PSB, Eduardo Campos, acolheu a Rede quando a sigla não havia ainda conseguido o registro de partido político na Justiça Eleitoral e que ela assumiu a cabeça de chapa após a morte de Campos em um acidente aéreo.
Para o pré-candidato Álvaro Dias (PODE) ainda é difícil avaliar qual candidatura irá se beneficiar com a decisão de Barbosa de não entrar nessa disputa. Ele e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato do PSDB, que é aliado do PSB em São Paulo, sinalizaram para a possibilidade de que o ex-ministro possa colaborar em seus governos, citando especificamente projetos ligados a área de gestão pública.
Questionados sobre a possibilidade de o ex-presidente do STF vir a ocupar a vaga de vice em suas chapas, tanto Alckmin quanto Dias e Marina foram reticentes e destacaram a importância de respeitar a "decisão pessoal" de Barbosa. Nos bastidores, a decisão de Barbosa foi considerada positiva principalmente no campo da esquerda. Aliado do pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, disse que a decisão abre espaço para a união dos setores progressistas.
"A situação do País é dramática na economia, com desemprego e aumento da pobreza, na crise de confiança e da democracia. A desistência de Joaquim Barbosa abre uma enorme possibilidade de união dos setores progressistas e de centro esquerda", declarou, no intervalo da 73ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que acontece em sua cidade.
A pré-candidata Manuela D'Ávila (PCdoB) destacou o caráter "pessoal" da decisão de Barbosa. Ao comentar a pulverização das candidaturas, porém, destacou o desempenho da esquerda nas pesquisas, mesmo quando era esperada a candidatura de Barbosa. "A esquerda tem 24 pontos somando com o presidente Lula e eles não conseguem fazer decolar nenhum dos seus nomes", declarou.
Agência Estado
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