Lula diz que, se eleito, fará referendo para revogar medidas de Temer
Questionado sobre a boa repercussão no mercado do governo Michel Temer, Lula disse que isso é claro, uma vez que querem privatizar o País.
Na entrevista, ele disse que quer voltar a ser presidente para mostrar ao mundo que o País pode funcionar. "Não há ninguém que saiba governar o povo mais necessitado como eu faço", afirmou.
O ex-presidente creditou a crise vivida no País à perda de credibilidade, algo que, segundo ele, foi efeito das manifestações iniciadas em junho de 2013.
Lula também reconheceu que houve erros no mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, o primeiro deles foi o "exagero" nas políticas de desoneração de grandes empresas e, o segundo, foi o anúncio do ajuste fiscal. Mas negou que tenha se arrependido de não ter concorrido nas eleições presidenciais de 2014.
Ele ainda comparou o ano de 2015 com o de 1999, quando quem governava era o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que tinha baixa popularidade e também enfrentava problemas econômicos. "Mas, nessa ocasião, o presidente da Câmara era Michel Temer e ele o ajudou a governar. Nós tínhamos Eduardo Cunha, que rejeitou cada reforma que Dilma propunha. Foi quem levou o impeachment ilegítimo à frente", analisou.
Condenado em primeira instância no caso do tríplex do Guarujá, Lula voltou a criticar a Polícia Federal e o Ministério Público, dizendo que não encontraram prova contra ele e que a sentença do juiz Sergio Moro é "política". "Se acreditavam que uma condenação iria fazer eu desistir de ser candidato, conseguiram o efeito contrário."
Perguntado se o PT tem outras opções caso ele não possa concorrer por causa de uma eventual condenação em segunda instância, ele respondeu que espera poder concorrer, mas disse que ninguém é imprescindível. "Há milhares de Lulas."
Agência Estado