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'Reunião? Que reunião? Não fui chamado', diz líder do governo

16:42 | 28/10/2016
Inserido na lista de convidados e dos presentes do evento promovido pelo presidente Michel Temer, nesta sexta-feira, 28, com demais representantes dos Três Poderes, o líder do governo do Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), ficou perplexo por não ter sido informado da reunião.

O encontro, realizado no Ministério de Relações Exteriores, em Brasília, colocou lado a lado a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que protagonizaram trocas de farpas ao longo da semana. Também esteve presente o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, entre outros, além do presidente Michel Temer.

"Reunião? Que reunião? Chegaram a me ligar do cerimonial me dizendo que eu estava sendo aguardado, mas não fui chamado", afirmou Aloysio Nunes à reportagem. "Ninguém me falou nada. Estou agora no Rio de Janeiro. Se fosse o caso, até desmarcava as reuniões aqui. Que negócio incrível. Cheguei a ligar no gabinete para saber de algum convite. Nada. Conferi o meu e-mail, nada", emendou o líder.

Ameno

No encontro, o presidente do Senado, Renan Calheiros, aproveitou para tentar amenizar o clima com a presidente do STF, Carmen Lúcia. A relação entre os dois ficou estremecida após o senador chamar de "juizeco" o juiz titular da 10ª Vara Federal do DF, Vallisney de Souza Oliveira, responsável por autorizar a Operação Métis, deflagrada na última sexta-feira, 21, nas dependências do Senado. A ministro cobrou respeito ao Judiciário.

"Foi um reunião muito produtiva. Eu aproveitei a oportunidade para cumprimentar respeitosamente a presidente Cármen Lúcia em nome do Congresso e do povo de Alagoas. Disse que tinha muito orgulho e que ia levar isso para a vida toda o fato de conviver com ela como presidente do Supremo Tribunal Federal. Ela hoje é exemplo do padrão de caráter a ser seguido pelos brasileiros", afirmou Renan à reportagem, após deixar o encontro.

Questionado se a partir da reunião de hoje, em que foram discutidas algumas propostas para a segurança pública, o imbróglio poderia se considerado "página virada", o senador respondeu: "Clima foi ameno e respeitoso. A reunião foi muito boa. Fizemos algumas sugestões e o encontro é um exemplo a ser seguido. Mas não sei o que vai acontecer".

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