Crivella vence no Rio; em BH, nome de Aécio perde
Segundo maior colégio eleitoral do País, o Rio será administrado a partir de 2017 por Marcelo Crivella (PRB), bispo licenciado da Igreja Universal, que derrotou Marcelo Freixo, do PSOL. Em Belo Horizonte, o empresário e ex-presidente do Atlético-MG Alexandre Kalil (PHS) estreou na política e venceu o candidato tucano João Leite.
A derrota na capital mineira ofuscou o triunfo geral do PSDB - a maior conquista foi alcançada em Porto Alegre, onde Nelson Marchezan Jr. derrotou Sebastião Melo (PMDB) - e representou um forte revés justamente para o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG). Após perder para Dilma em Minas na eleição presidencial e ver seu grupo político ser desalojado do governo do Estado em 2014, Aécio sofreu a terceira derrota consecutiva na terra natal.
Por outro lado, ainda no universo do PSDB, o segundo turno confirmou o governador paulista, Geraldo Alckmin, como o maior vitorioso das disputas municipais. Em São Paulo, o partido formou um "cinturão azul" e vai governar importantes cidades como São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Preto e Jundiaí. O PT, por sua vez, foi excluído do seu principal reduto, o ABC, e acabou derrotado em todas as principais cidades da Grande São Paulo, região que já foi chamada de "cinturão vermelho".
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não votou neste domingo em São Bernardo do Campo. Segundo o Instituto Lula, o líder máximo petista decidiu não comparecer à urna porque tem 71 anos - a partir dos 70 anos o voto é facultativo.
As abstenções chegaram a 21,5% do total e o segundo turno das eleições de 2016 registrou também a maior taxa de votos em branco e nulos (14,3%) desde 2004.
Dilma Rousseff também não votou. A presidente cassada tem domicílio eleitoral na capital gaúcha, mas estava em Belo Horizonte visitando a mãe, que está doente. O governo federal comemorou a vitória de partidos da base aliada. "Essa eleição sepulta qualquer tipo de contestação, seja sob o ponto de vista institucional, de legitimidade (do governo)", disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.