Vigília convocada por Flávio foi um dos motivos para a prisão preventiva de Bolsonaro; veja vídeo
A manifestação estava marcada para as 19 horas deste sábado na frente do condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar
11:06 | Nov. 22, 2025
Antes da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), neste sábado, 22, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-gestor, havia convocado uma vigília religiosa e política em frente ao condomínio onde o pai estava cumprindo prisão domiciliar. Esse foi um dos motivos que provocou a ordem de prisão preventiva (veja o vídeo abaixo);
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cita expressamente a vigília convocada por Flávio. Para Moraes, o evento tinha potencial de gerar aglomeração para “obstruir a fiscalização das medidas cautelares”, com possibilidade de facilitar uma tentativa de fuga. Além disso, ele citou uma violação da tornozeleira eletrônica, às 0h08min, deste sábado.
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Na publicação, Flávio afirma: “Você vai lutar pelo seu país ou assistir tudo pelo celular aí da sua casa?” Te convido para lutar com a gente. Nesse primeiro momento, vamos buscar o senhor dos exércitos. Te convido para uma vigília que começa nesse sábado, 22, que começa às 19h; (...) Para orarmos pela saúde dele e pela volta da democracia no País", diz em trecho de vídeo nas redes sociais.
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Segundo Flávio, a manifestação religiosa e política teria o duplo propósito de orar pela saúde de Jair Bolsonaro e pela liberdade no Brasil. Ele também menciona que o ato ocorreria pela restauração da democracia no Brasil, que é descrita como estando sob o controle de "ladrões, bandidos e ditadores".
No convite Flávio usa uma linguagem religiosa, invocando "o Senhor dos Exércitos" e citando passagens bíblicas. “Muito em breve a luz vai vencer as trevas. Então a luz nascerá nas trevas e a tua escuridão será como meio-dia. Isaías 58:10. Te espero lá, porque a gente não vai desistir do Brasil de jeito nenhum".
Já neste sábado, o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva por volta das 6h da manhã. O ex-presidente Bolsonaro já foi condenado a 27 anos e 3 meses por uma trama golpista após a derrota na eleição presidencial de 2022.