Sabino sinaliza saída do União Brasil após pressão para deixar o governo Lula: "Insustentável"

O partido pressionava o ministro para deixar o governo, na esteira de articulações políticas para as eleições de 2026

17:09 | Out. 09, 2025

Por: Vítor Magalhães
Ministro Celso Sabino sinaliza saída do União Brasil (foto: Roberto Castro/Mtur/Divulgação)

O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), sinalizou que deve deixar o União Brasil, após impasse relacionado à permanência dele no governo federal. O partido pressionava o ministro para deixar a gestão do presidente Lula (PT), na esteira de articulações políticas para as eleições de 2026.

"A gente tem uma grande liderança no Estado por esse partido e ao nível nacional também nós temos muitos amigos, mas eu acredito que ficou realmente insustentável a minha permanência nesse partido", disse o ministro em entrevista à CNN Brasil.

Após sinalizar que permaneceria no governo, Sabino foi suspenso de suas atividades internas e acabou afastado da presidência do diretório da sigla no Pará; além de ter processo de expulsão aberto pelos dirigentes nacionais da legenda.

Argumentação

O ministro afirmou ainda que não fez nada que justificasse a abertura de processo de expulsão da sigla. "Eu não devo nada, não fiz nada para merecer essa expulsão. Mas acredito que minha passagem política pelo União Brasil já deu o que tinha que dar".

Na última quarta-feira, Sabino teve um embate com governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). O governador afirmou que "não se pode servir a dois senhores", ao se referir a Sabino. "Não se pode servir a dois senhores: ser soldado do Lula e, ao mesmo tempo, representar um partido que já declarou oposição ao governo", disse Caiado, que é pré-candidato à Presidência.

Sabino rebateu as alegações do correligionário: "Quando ele atingir 1,5% nas pesquisas (para as eleições presidenciais de 2026), eu respondo". A declaração tem tom provocativo e faz referência a uma frase dita pelo próprio Lula contra Caiado durante um debate presidencial em 1989.

Com informações da Agência Estado