Bolsonaro admitiu que confiava em pesquisas eleitorais e na vitória de Lula: "Acho que ele ganha"

Aliados de Bolsonaro foram alvo de operação nesta quinta-feira

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu em reunião com ministros que achava que iria ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022. O diálogo foi obtido em vídeo identificado em computador apreendido na residência de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, nome com acesso livre ao Palácio do Planalto. 

A transcrição da reunião foi anexada pela Polícia Federal (PF) e consta na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou operação contra aliados do ex-presidente por suspeitas do planejamento de um golpe de Estado

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Bolsonaro cita pesquisas do Datafolha que apontavam uma possível vitória de Lula ainda no primeiro turno. O ex-presidente, que questionou publicamente pesquisas eleitorais em diversos momentos, disse que achava que elas estavam "exatamente certas".

"E a gente vê que o Data Folha continua ... é ... mantendo a posição de 45% e, por vezes, falando que o Lula ganha no primeiro turno. Eu acho que ele ganha, sim. As pesquisas estão exatamente certas. De acordo com os números que estão dentro dos computadores do TSE. Né? E ... Eu tô ... Eu tenho que ter bastante calma, tranquilidade, e vou entrar em detalhes com vocês daqui a pouco", diz a transcrição que aponta a fala de Bolsonaro na reunião. 

No mesmo encontro, Bolsonaro questiona ainda se a cúpula ia esperar momentos posteriores para "tomar providências". Ele menciona "colocar a tropa na rua, tacar fogo". "Nós vamos esperar chegar 23, 24, pra se foder? Depois perguntar: porquê que não tomei providência lá trás? E não é providência de força não, caralho! Não é dar tiro. ô PAULO SÉRGIO, vou botar a tropa na rua, tocar fogo
aí, metralhar. Não é isso, porra!"", afirmou. 

A decisão destaca então, que Bolsonaro exige que seus ministros "em total desvio de finalidade das funções do cargo" deveriam promover e replicar, em cada uma de suas respectivas áreas, todas as "desinformações e notícias fraudulentas quanto à lisura do sistema de votação". 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar