Pacheco diz que Valdemar 'passa pano' para impeachment de ministro do STF nos bastidores
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reagiu de forma enfática nesta quinta-feira, 25, após ser chamado de "frouxo" pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Sem mencionar o político, Pacheco fez diversas referências ao hoje aliado de Jair Bolsonaro e disse que é "difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o recurso eleitoral".
Sugeriu ainda que as críticas de Valdemar Costa Neto ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seriam feitas apenas para "iludir seus adeptos".
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"Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do STF. E ainda defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema", afirmou Pacheco no X (antigo Twitter).
Em resposta, também nas redes sociais, Valdemar Costa Neto afirmou que "se o Senado tivesse um presidente comprometido, não iria perder tempo para reclamar de presidente do partido".
"O que se vê no Brasil é o reflexo do sequestro das instituições e uso para fins políticos ao invés de combater o crime organizado, isso é o PT. Passei a vida toda defendendo a isonomia dos três Poderes, nunca fui covarde de me calar quando um poder não respeita o outro, isso vale pra todos os lados. Sigo indignado com a falta de pulso para defender a imunidade de um parlamentar", afirmou Valdemar.
Mais cedo, Valdemar criticou a operação da Polícia Federal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Disse que a operação tinha como objetivo atingir Bolsonaro e que só seria possível por Pacheco ser "frouxo".
A PF cumpre, nesta quinta, 21 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a suspeitos de participar de espionagem ilegais na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Um dos alvos é Ramagem, que comandou a agência durante o governo Jair Bolsonaro e é pré-candidato à prefeitura do Rio com o apoio do ex-presidente. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.
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