Aborto: população se divide entre proibição total ou manter lei como está, diz pesquisa

Conforme o levantamento, 49% dos entrevistados consideram que o aborto deve ser totalmente proibido, no entanto, 42% acreditam que a prática deve ser permitida apenas nos casos previstos em lei atualmente, conforme pesquisa Opnus

O aborto é uma das questões mais polêmicas da política e da Justiça no Brasil, e divide também a população. Pesquisa Opnus mostra que é pequena a parcela da população favorável a permitir o aborto em qualquer circunstância. Mas, há divisão entre aqueles que são a favor de proibir em todos os casos e os que acham que o aborto deve permanecer como está hoje na lei — permitido nos casos de estupro, anencefalia do bebê e gravidez de risco de vida para a gestante.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar, de forma virtual, no último dia 22 de setembro a ação que pretende descriminalizar o aborto feito por mulheres com até 12 meses de gestação. A única a votar foi a ministra Rosa Weber, a favor da descriminalização. A votação foi suspensa a pedido do ministro Luís Roberto Barroso e a análise do texto será realizada presencialmente.

Conforme a pesquisa Opnus, 49% dos entrevistados consideram que o aborto deve ser totalmente proibido. Há 42% que consideram que deve seguir permitido nos casos previstos em lei. E 6% entendem que deve ser permitido em qualquer circunstância.

De acordo com o cientista político Pedro Barbosa, diretor técnico do Instituto Opnus, o levantamento mostra que a posição acerca do assunto é mais influenciada pelos valores religiosos que pelo aspecto de gênero.

Ele afirma que, embora os evangélicos tenham tendência a ser mais conservadores que os católicos, a diferença não é tão grande quando se observa, em um grupo religioso ou outro. "Os percentuais variam mais quanto a liberar nos atuais casos previstos em lei ou proibir totalmente o aborto".

A pesquisa ouviu 2,5 mil pessoas com 16 anos ou mais no Estado do Ceará. As entrevistas foram realizadas de 27 de setembro a 2 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

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