Barroso é hostilizado por bolsonaristas em aeroporto nos Estados Unidos; veja vídeo
O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que enviaria ofício ao STF frisando que a Polícia Federal está "à disposição" para investigar episódios de ameaças a ministros
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi hostilizado por bolsonaristas em um aeroporto na cidade de Miami, na Flórida, na última segunda-feira, 2. Em vídeos que circulam nas redes sociais, pessoas fazem coro e berram "sai do voo" para o ministro, enquanto ele estava em um guichê no salão de embarque.
Ao se deslocar para outro ambiente no aeroporto, Barroso foi vaiado e xingado de “ladrão” por integrantes do grupo. "Pede para sair" gritaram alguns. O ministro ignorou as pessoas e não respondeu às ofensas. Nesta terça-feira, 3, o caso repercutiu nas redes sociais e gerou, inclusive, manifestação do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, que rechaçou a “perseguição”.
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O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi hostilizado por um grupo de pessoas em um aeroporto nos Estados Unidos. O caso ocorreu nesta semana; o grupo pediu que ele saísse do voo e chegou a vaiar Barroso.
Via: WhatsApp O POVO pic.twitter.com/XjjMLwojVu
Dino afirmou ainda que enviaria ofício ao STF frisando que a Polícia Federal está “à disposição” para investigar eventuais episódios de ameaças a ministros. Dino chamou os manifestantes de “extremistas antidemocráticos, que perseguem magistrados nas ruas”.
Vou enviar ofício à Presidente do STF frisando que a Polícia Federal está à disposição para investigar os episódios de agressão e ameaças a ministros daquele Tribunal e de outros. São extremistas antidemocráticos, que perseguem magistrados nas ruas, aeroportos, restaurantes etc
— Flávio Dino(@FlavioDino) January 3, 2023
Recentemente, Barroso foi abordado por bolsonaristas, mais de uma vez, enquanto cumpria agenda em Nova York, nos Estados Unidos. Em uma das vezes, um homem questionou o ministro sobre procedimentos envolvendo às urnas eletrônicas e se ele responderia às Forças Armadas.
Na ocasião, Barroso rebateu as provocações: "Perdeu, mané. Não amola", disse em novembro, mês seguinte à derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições.