Sônia Guajajara é nome de consenso para assumir Ministério dos Povos Originários
O nome da deputada federal eleita pelo Psol em São Paulo, Sônia Guajajara, foi escolhido por lideranças indígenas brasileiras
Sônia Guajajara (Psol), primeira deputada federal indígena eleita em São Paulo, é cotada para assumir o Ministério dos Povos Originários, novo ministério a ser criado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito à Presidência. As informações são do jornal O Globo.
As lideranças indígenas brasileiras decidiram consenso em torno da indicação de Guajajara para o cargo, em reunião durante o fim de semana em Brasília.
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Nomes importantes da equipe do governo de transição também apoiam a escolha de Sônia Guajajara, como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Rosângela da Silva, socióloga e mulher de Lula, a Janja, e a ex-ministra Marina Silva (PV), cotada para o Ministério do Meio Ambiente.
A líder indígena tem comentado que se o convite for oficializado nos próximos dias, "ele será amplamente debatido com o movimento indígena", porém ela está inclinada a aceitar o desafio.
Sônia está na COP 27, conferência do clima que acontece no Egito, nesta quinta-feira, onde afirmou que só vai se pronunciar depois de o convite ser formalizado.
Os nomes de Célia Xakriabá (Psol-MG), Joênia Wapichana (Rede-RR), Ailton Krenak e Beto Marubo também foram destacados como nomes pertinentes para o ministério pela equipe de transição, mas sem convite formal.
Em contrapartida, alguns indigenistas defendem o ativista Beto Marubo, líder indígena, para o cargo ao invés de Sônia Guajajara, o que, segundo eles, seria uma resposta imediata ao crime organizado na Amazônia.
Os ativistas indígenas têm medo de o governo de Lula tirar as duas únicas indígenas eleitas em outubro da Câmara dos Deputados para ocupar o Ministério dos Povos Originários, e ocorrer um esvaziamento da chamada “bancada do cocar”.
Inicialmente, a escolha estava entre Joênia Wapichana (Rede-RR) e Sônia, mas a deputada e coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) levou vantagem.