Paulo Maluf é multado em R$ 2,8 milhões por improbidade administrativa

Ex-prefeito foi condenado por ter feito manobra irregular nas contas da cidade de São Paulo, quando esteve à frente da prefeitura em 1996

O ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP) foi condenado na Justiça a pagar multa de cerca de 2,8 milhões por improbidade administrativa. Em 1996, quando esteve à frente da prefeitura da capital paulista, Maluf realizou manobras irregulares nas contas da cidade para justificar gastos extras no orçamento. O então prefeito teria utilizado artifícios contábeis para projetar uma arrecadação de impostos maior do que a realizada.

A manobra irregular causou um dano de R$ 2,6 bilhões aos cofres da prefeitura. A condenação já transitou em julgado, sendo assim, não cabe mais recurso. O ex-prefeito pode apenas questionar os cálculos feitos para o valor da multa, arbitrada em 100 vezes o salário que recebia no cargo - R$ 6 mil -, cerca de R$ 28,7 mil em valores atualizados para abril deste ano.

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Em sua defesa, Maluf argumentou que as contas foram analisadas e aprovadas pelo Tribunal de Contas do Município, e que os gastos suplementares foram feitos com base na legislação. Disse que não houve nenhuma irregularidade. O juiz José Eduardo Cordeiro Rocha determinou que o ex-prefeito realize o pagamento em 15 dias, sob pena de receber uma multa de 10%.

Ele agora está em liberdade condicional por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele cumpre pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias por crime de lavagem de dinheiro e outra de 2 anos e 9 meses por crime eleitoral.

O ex-prefeito, conforme laudo médico apresentado por seus advogados à Justiça, é acometido por doenças graves, sofrendo períodos de desorientação com quadro compatível com demência e evoluindo para Alzheimer.

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