Com ferro em brasa, jovem marca número do partido de Bolsonaro no corpo
Adolescente foi desafiado por amigos de esquerda. Segundo a mãe, por ele ser "rústico e corajoso", pediu a um dos amigos para carimbá-lo
O adolescente Guilherme Henrique Moreira Santos, de 17 anos, marcou no corpo, com um ferro em brasa, o número do partido do presidente Jair Bolsonaro (PL): 22. Ele estava em um leilão quando foi desafiado por amigos a realizar o ato. O caso aconteceu no dia 12 deste mês, em Mirassol D’ Oeste, cidade a 297 km de Cuiabá, capital do Mato Grosso.
A mãe do garoto, Layane Moreira, de 36 anos, relatou ao portal RD News, que o filho decidiu fazer a marca por se sentir desafiado pelos amigos que são de esquerda. “Guilherme estava trabalhando na equipe de manejo do gado. Meu filho tem um grupo de amigos de esquerda e ele se sentiu desafiado. E, como é um menino bem rústico e corajoso, pediu para um menino carimbá-lo. Um não aceitou, mas o outro sim e fez a marca”, contou.
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Segundo ela, ainda na festa, os outros adolescentes a chamaram para mostrar a marca no filho. “Quando vi, levei um susto. Mas não tive muito o que fazer. Já estava feito, não tinha como tirar. Depois do leilão, levamos ele ao médico, foi medicado e está cicatrizando. Mas, tirei a foto e mandei para uma colega que acabou compartilhando e viralizou”, detalha.
Ela conta ainda que Guilherme é ótimo aluno e inteligente, além da família ser toda simpatizante de Bolsonaro. “Moramos em uma região de assentamento onde a maioria das pessoas é de esquerda. Mas, minha família é toda bolsonarista e andamos com um grupo grande que também é. E meu filho já está certo que o voto dele é no nosso presidente (Bolsonaro)”, ressalta.
Por fim, Layane acredita que, com toda a repercussão que o caso recebeu, o filho possa alcançar o sonho de conhecer o presidente, por quem “é apaixonado”. “Ele é apaixonado por Bolsonaro e por isso fez. Mas, agora a ferida já está cicatrizando, um pouco dolorosa. Mas está bem. Não briguei, porque ele é um bom menino. No momento lá, falei 'e daqui a quatro anos?'. Não sabemos o que vem por aí. Vai que não é mais o Bolsonaro ou se ele mudar de partido? Mas brigar não, já está feito”.
O tio de Guilherme, Davi de Oliveira Silva, por sua vez, atribui o ato feito pelo garoto a coragem do povo sertanejo. "A gente que é sertanejo não tem medo de nada não". Ele diz ainda que os familiares não ficaram surpresos com a atitude do sobrinho, sua mãe no entanto, ficou preocupada. "Não pela família apoiar o presidente, mas porque ela não esperava. Mãe sempre assusta", contou Davi em entrevista ao Estado de Minas.
A poucos dias de completar duas semanas do acontecido, o tio também confirma que o menino está bem e que a marca está cicatrizando. "Doer, dói né? Mas, quando você tem coragem, não sente tanto a dor. Aquilo é só o momento", completou.