"A minha preferência é Roberto Cláudio", diz Lupi sobre sucessão no Ceará

Ao mesmo tempo, o presidente nacional do PDT admite que aceitará a vontade da maioria do partido: "Sou um democrata"

O presidente do PDT, Carlos Lupi, voltou a demonstrar preferência pelo nome do ex-prefeito de Roberto Cláudia (PDT) na disputa pelo Palácio da Abolição. Além dele, disputam a vaga de candidato dentro do PDT a governador Izolda Cela, o presidente da Assembleia Evandro Leitão e o deputado federal Mauro Filho. Ao mesmo tempo, Lupi admite que vai aceitar a decisão do partido, seja ela qual for. "A preferência minha é Roberto Cláudio. Agora, essa questão vai ser discutida lá. Eu sou um democrata, sigo a vontade da maioria.

É a segunda vez, em menos de um mês, que Lupi faz avaliações sobre a sucessão no Ceará. Em entrevista ao O Globo, o pedetista disse que RC era mais forte que Izolda para enfrentar o deputado federal licenciado Capitão Wagner (UB), nome mais forte da oposição nessa corrida eleitoral. “O Roberto Cláudio é o mais forte para evitar o Capitão Wagner (candidato de Bolsonaro). Ele é o mais conhecido, foi prefeito de Fortaleza durante dois mandatos", disse há duas semanas. “A minha amiga Izolda é preparada, mas não é muito conhecida. Em 3 meses vai se tornar favorita? Acho pouco provável”, completou. Posicionamento provocou incômodos tanto na sigla por ele comanda como em partidos aliados.

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A fala acontece num contexto de divergências entre PT - que prefere o nome de Izolda -, e o PDT, que internamente também se divide sobre o nome a ser escolhido, apesar da forte influência de Roberto Cláudio em Fortaleza. Sobre o efeito Lula nesse embate que acontece em outros estados, o presidente do PDT diz haver pré-candidatos do partido nos Estados que vão apoiar o ex-presidente na disputa ao Palácio do Planalto. "Isso faz parte. Cada candidato quer olhar o eleitor local", disse ele. Lupi afirmou, porém, que não haverá punição aos infiéis.

O nome do PDT para a eleição presidencial é o do ex-ministro Ciro Gomes, que costuma fazer duras críticas ao petista. "O Lula, em alguns Estados, principalmente no Nordeste, é muito forte hoje", afirmou Lupi ao Estadão.

Alguns exemplos de simpatizantes de Lula no PDT são o senador Weverton Rocha, pré-candidato ao governo do Maranhão, e o ex-prefeito de Niterói (RJ) Rodrigo Neves, que quer concorrer ao governo do Rio. Na outra ponta, Ciro tem a esperança de contar com dissidências regionais do PSB, partido que apoia Lula, mas tem conflitos com o PT em alguns Estados.

Candidato à reeleição, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que é do PSB, faz acenos a Ciro. "Ele (Renato) tem um compromisso com a gente de abrir o palanque para o Ciro. Não exclusivo, mas vai abrir", contou Lupi.

O governador participou na terça-feira, 24, de uma live promovida por Ciro e disse que o PSB "tem que avaliar até onde pode ir nessa conversa com o PT". Casagrande foi um dos principais obstáculos para que houvesse uma federação entre PT e PSB, que forçaria as duas legendas a tomarem as mesmas posições em âmbito nacional, estadual e municipal por, no mínimo, quatro anos.

"Temos decisão a ser tomada no Rio de Janeiro, aqui no Espírito Santo, no Rio Grande do Sul, em São Paulo. Tem uma aliança nacional formada, consolidada, bem organizada, mas ainda temos até julho para poder discutir alguns Estados", afirmou o governador durante a live com Ciro.

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