Considerado parcial por comitê da ONU, Moro defende volta da Lava Jato

"Não necessariamente aquela mesma investigação, mas a volta daquele espírito de que, sim, nós podemos ser melhores", declarou o ex-juiz

Em evento da Câmara de Comércio Americana nesta sexta-feira 6, o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) defendeu "a volta da Lava Jato".

“Não necessariamente aquela mesma investigação, mas a volta daquele espírito de que, sim, nós podemos ser melhores; sim, nós podemos construir integridade na vida pública e demonstrar que neste País ninguém pode estar acima da lei e que a lei tem que valer para todos", disse Moro.

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Na ocasião,  o ex-juiz ainda citou uma necessidade de reformas nos cenários penal e eleitoral, como o fim da reeleição e do foro por prerrogativa de função e a volta da prisão em segunda instância.

A fala de Moro acontece na esteira de incertezas sobre sua pré-candidatura ao Planalto e da decisão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas que concluiu que ele foi parcial ao julgar os processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no escopo da Operação Lava Jato.

O órgão também entendeu que o petista teve seus direitos políticos violados ao ser impedido de participar das eleições presidenciais em 2018.

A decisão do comitê responde a uma queixa protocolada pela defesa do ex-presidente em 2016. Os advogados denunciaram o Estado brasileiro por tentar barrar ações que consideraram "abuso de poder" de Moro e dos procuradores da Lava Jato. 

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