CPI para investigar facções criminosa aguarda posição do presidente do Senado

Nesta semana, o documento para instalação da comissão no Senado Federal obteve 34 assinaturas, acima das 27 necessárias. O senador Eduardo Girão (Pros) afirma que a instalão da comissão depende agora apenas da decisão do presidente do Senado Federal

O senador Luis Eduardo Girão (Podemos) afirmou, nesta quinta-feira, 14, que a proposta de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o crime organizado no Brasil está nas mãos do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD). Nesta semana, o documento obteve 34 assinaturas, acima das 27 necessárias. A proposta de investigação abrange as facções criminosas no Ceará.

"Falta a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Eu já protocolei. Ontem mesmo nós cobramos o presidente para que ele pudesse instalar a CPI. É aquela decisão monocrática que a gente tanto critica, mas que a gente está vivendo na pele agora", disse Girão, entrevista aos jornalistas Jocélio Leal e Raquel Gomes, da Rádio O POVO CBN.

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O parlamentar disse que também aguarda da presidência da Casa a votação de requerimento para ouvir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O objetivo é esclarecer questões sobre os inquéritos que investigam a promoção de atos antidemocráticos e o uso de fake news para atacar membros do Judiciário.

"É uma oportunidade ímpar para o Senado se aproximar dos anseios legítimos da sociedade brasileira. A nossa imagem no Senado só faz cair por que não citou postura ética para enfrentar essa situação", disse o senador sobre as tratativas a serem consideradas no Parlamento.

Sobre a CPI que visa investigar o crime organizado, inclusive no Ceará. Girão voltou a destacar que o objetivo é que seja realizado um trabalho investigativo que resulte em soluções de políticas públicas.

"A gente pegou documentos, fatos determinados e queremos fazer uma CPI técnica sobre o assunto para que a gente possa propor políticas públicas e evitar que o cearense, que é um povo libertário, fique de joelhos para o crime como está hoje, como se nada tivesse acontecendo. O Estado fica assistindo a isso tudo de camarote", avaliou o senador.

O parlamentar foi questionado ainda sobre sua posição crítica ao pedido de instalação da CPI para investigar as denúncias de prefeitos sobre o recebimento de pedidos de propina de pastores ligados ao ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. O senador criticou a comissão e disse que não pretende assinar nenhuma "CPI politiqueira".

 

"Essas denúncias do MEC estão sendo apuradas e eu estou acompanhando de perto. A Polícia Federal já está no caso, a CGU, também o TCU e a própria comissão do Senado, onde a gente já ouviu alguns envolvidos nisso. Agora fazer uma CPI tanto da oposição como da situação, como ontem entraram com a CPI do governo também para investigar obras inacabadas, esse tipo de CPI politiqueira para fazer palanque eu não assino", apontou Girão.

No requerimento, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) solicita a formação de uma equipe de 11 titulares e 11 suplentes para conduzir os trabalhos, que devem durar 90 dias. Com a desistência de três senadores em apoio a criação do grupo, o parlamentar chegou a afirmar que deve prosseguir na busca da quantidade de assinaturas necessárias para abrir a investigação chamada por ele de "bolsolão do MEC".

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