Eunício sobre jantar com Lula: "Não é uma traição a Simone Tebet"

Encontro reúne lideranças de diversas legendas partidárias e formação de possíveis alianças

O ex-senador Eunício Oliveira promove jantar para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na noite desta segunda-feira, 11. O encontro será em Brasília, na residência do emedebista e contará não só com as participações dos principais líderes do MDB, mas também com integrantes de outros partidos. Conforme confirmado por Eunício, irão reunir figuras de outras siglas como PSD, PP, PDT, entre outros.

Os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Acir Gurgacz (PDT-RO) e a Kátia Abreu (PP-TO) são alguns nomes de outros partidos que confirmaram presença no encontro. Pelo menos seis senadores do MDB devem comparecer: Renan Calheiros, Jader Barbalho, Marcelo Castro, Veneziano Vital do Rêgo e a mãe dele, que também é senadora, Nilda Gondim, além de Eduardo Braga, líder da bancada.

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Questionado sobre como ficaria a situação com Simone Tebet (MDB), um dos nomes que figuram na lista da terceira via e pré-candidata a presidente pelo partido, Eunício afirmou que ela já foi avisada do encontro. “Não há nenhuma traição, não podemos é ir num candidato que não tenha nenhuma perspectiva, como aconteceu na eleição passada, que nós resolvemos ir com o (Henrique) Meirelles e teve 1% dos votos e derrubou a bancada em quase 50%, porque não tinha perspectiva”, disse.

Eunício complementa ainda que “ela própria se deu o prazo até o dia 18 de maio para essa questão de viabilizar a terceira via”. Pelo menos quatro candidatos tentam ser a terceira via na polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL): "O (ex-)governador do Rio Grande do Sul, (Eduardo Leite) diz que está na pista, o de São Paulo (João Doria) diz que o que o move é ultrapassar desafios, o (Luciano) Bivar (União Brasil) está dizendo que é pré-candidato, a Simone é pré-candidata, o Ciro (Gomes, do PDT) ninguém quer. Não há uma unificação de um nome pra terceira via que podia viabilizar alguma coisa”, considera.

Para ele, a eleição “querendo ou não querendo, já está polarizada". “Todos nós que acompanhamos o dia a dia da política, sabemos que ela está polarizada entre Lula e Bolsonaro, quem acompanha sabe que isso é verdade”, afirma.

Segundo Eunício, o intuito dessa reunião não é discutir alianças, nem coligações, nenhuma definição. “O intuito de hoje é se fazer um debate sobre as questões do país, sobre democracia que a gente vê todo dia em risco, custo de vida, inflação que está galopante, taxas de juros que está insuportável. O cotidiano das pessoas, a feira que você não consegue mais fazer, ou compra o botijão de gás ou faz a feira, se comprar a feira não tem com que cozinhar porque não o gás, então é esse tipo de discussão que tem se ver”, pontua.

Ele também fala que será tratado no encontro das alianças nos estados. "As possibilidades, como é que é, como não é. Com o líder maior de uma candidatura que nós temos simpatia por ela. Não escondo isso de ninguém”. O senador fala ainda que a sua posição de não apoiar o Lula era só se fosse uma questão partidária e que tivesse um candidato ou uma candidata com alguma viabilidade.

“Candidato com um 1% não tem viabilidade. Quando você tem dois candidatos, um com 30% e o outro com 45%, um candidato que tem meio ou 1% não tem viabilidade de fazer nem sustentação de campanha, nem alianças”. Ainda segundo ele, na eleição presidencial passada o MDB insistiu com uma candidatura que não tinha viabilidade e “dividimos a bancada ao meio, uma ficou fora do Congresso e a outra ficou dentro”.

Eunício destaca que não há nenhuma traição a Simone Tebet. "As coisas são feitas muito as claras". “O MDB tem 14 diretórios que, não havendo a viabilidade da candidatura da Simone ou de outro nome do MDB, vão pra candidatura do Lula, naturalmente”, aponta.

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