Logo O POVO+

Jornalismo, cultura e histórias em um só multistreaming.

Participamos do

Forças de segurança decretam greve em Minas Gerais e tentam dar aparência legal

A greve de militares já era proibida e pode caracterizar crime de motim. A dos policiais civis foi proibida pelo Supremo

Entidades de servidores da área de segurança de Minas Gerais divulgaram sete recomendações que seus associados deverão seguir no movimento grevista que decretaram na segunda-feira. O objetivo é revestir a greve, proibida para o setor, com um ar de legalidade, e assim evitar novas acusações criminais e civis contra os líderes da paralisação.

Com as recomendações, os grevistas tentam colocar o movimento dentro do que foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal, em 2017. A Corte considerou ilegais todas as paralisações de funcionários da segurança pública, mesmo os civis. A greve de militares já era proibida e pode caracterizar crime de motim. Mas o comandante-geral da PM-MG, Rodrigo Sousa Rodrigues, deu aval à participação de policiais da ativa.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Onze sindicatos e associações — nenhuma ligada à Polícia Militar ou ao Corpo de Bombeiro Militar — assinaram o texto. Nele, pedem que os policiais, agentes prisionais e peritos informem à população que somente o trabalho mínimo necessário será mantido nas delegacias, presídios e laboratórios do Estado.

Os dirigentes do movimento também pedem a todos que saiam de grupos oficiais de WhatsApp e deixem de usar recursos particulares no trabalho ou viaturas em más condições de uso. Anunciam que vão denunciar condições insalubres de trabalho ao Ministério Público e aos bombeiros. Por fim, vão deixar de atuar quando em inferioridade numérica contra criminosos e deixarão de se esforçar para cumprir metas O documento indica que os agentes não farão serviço além do dever.

Apoio

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a manifestação "é legítima e de direito." "É dever do governo do Estado ouvi-las e estar aberto à negociação. Espero que as partes mantenham a ordem, a paz e a civilidade", escreveu o senador nas redes sociais, na noite de anteontem.

Na noite desta terça, 22, a assessoria informou que o governador Romeu Zema (Novo) cancelou viagens ao interior do Estado. Após reunião com Zema, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, gravou um vídeo no qual fala em "agendas prioritárias" do governo para viabilizar o reajuste, sem detalhar a iniciativa.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar