Senador quer acionar TCU para investigar gastos de Bolsonaro com cartão corporativo

Senador Fabiano Contarato defende que o TCU faça uma auditoria dos gastos do presidente, que ele classificou como "altíssimos"

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) usou seu perfil no Twitter para informar que vai pedir ao TCU (Tribunal de Contas da União) uma auditoria sobre os gastos do presidente Jair Bolsonaro (PL) com cartão corporativo.

"Vou acionar o TCU para que faça ampla auditoria dos gastos de cartão corporativo do presidente da República, que estão altíssimos e superando seus antecessores, enquanto falta comida na mesa dos brasileiros", escreveu o petista nesta segunda-feira, 31.

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A decisão foi informada seguida de uma notícia do portal O Antagonista que afirma que o gastos do atual presidente já superam gestão anterior.

"Cabe ao TCU, por força constitucional, a apreciação das contas de Bolsonaro e do bom uso de recursos públicos. Transparência e investigação já! Tenho projeto para evitar abuso no uso desses cartões", completou Contarato.

Uma reportagem do jornal O Globo mostra que o atual mandatário gastou R$ 29,6 milhões com cartões corporativos até dezembro do ano passado.

"O valor gasto por Bolsonaro é 18,8% maior do que os R$ 24,9 milhões consumidos nos quatro anos da gestão anterior, que acabou sendo dividida por Dilma Rousseff (2015-2016) e Michel Temer (2016-2018)", diz O Globo.

O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, tentou justificar o alto valor em diversas ocasiões. Hoje, o mandatário voltou a falar do tema e disse nunca ter feito uso pessoal de um de seus três cartões corporativos, que, segundo ele, teria limite de até R$ 25 mil por mês e poderia ser utilizado, por exemplo, para "tomar tubaína com coca-cola".

"O meu cartão, que eu posso sacar até R$ 25 mil por mês e tomar em tubaína com coca-cola, nunca tirei um centavo", afirmou o governante durante agenda oficial em Itaboraí (RJ), onde discursou para gestores da Petrobras.

O mandatário já chegou a afirmar que os montantes pagam “até a alimentação das emas”, dentre outras despesas. “Cartão corporativo paga a alimentação das emas, tá, pessoal? Pessoal fala: ‘Ah, gastou tanto’. Eu tenho 50 emas aí, galinheiro, pato, peixe, quatro cães. Uns 200 almoçam, jantam e tomam café aí, por dia”, detalhou o chefe do Executivo federal.

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