Vereadora trans Benny Briolly recebe segunda ameaça de morte em uma semana
Os casos de ameaças à vereadora de Niterói (RJ) são frequentes desde a sua candidatura
A vereadora de Niterói (RJ) Benny Briolly (Psol) recebeu, na manhã de quarta-feira, 22, nova ameaça de morte por e-mail - a segunda em menos de uma semana. No último domingo, em uma mensagem enviada à parlamentar, um homem disse que iria "descarregar" a arma na vereadora. A mesma mensagem foi enviada novamente, por um novo remetente.
Junto à ameaça, o homem enviou mais dois e-mails com insultos a Benny. Segundo O Globo, desde segunda-feira, a parlamentar tem entrado em contato com a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) para solicitar escolta policial. À reportagem, ela conta que a instituição está "agilizando o processo", mas ainda não conseguiu proteção do Estado.
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Segundo Benny, todos os órgãos acionados para registrar queixa das ameaças consideram a escolta necessária. "No entanto, a própria polícia se nega a fazer o serviço", afirmou ao O Globo.
Em nota, a Polícia Civil informou que a Decradi instaurou inquérito para apurar o caso e solicitou a quebra telemática dos autores das ameaças. A investigação ocorre sob sigilo. Não houve resposta sobre o pedido de proteção policial.
Os casos de ameaças à vereadora são frequentes desde a sua candidatura. No início do ano, Benny saiu do país após receber uma ameaça que incluía até o endereço da parlamentar à época. Ela retornou ao Brasil em maio.
Benny é a primeira vereadora trans do estado do Rio. O apoio popular, contudo, não a impediu de ter que sair do país quando recebeu as primeiras ameaças de morte.
"Uma travesti preta no poder incomoda muita gente! Buscam me silenciar e me expulsar da cadeira que ocupo todos os dias. Mas sei que não estou só", afirma.
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