Bolsonaro é intimado pela PF a depor sobre vazamento de inquérito relativo a ataque hacker ao TSE

O presidente teria se utilizado do conteúdo de um inquérito e atacado a segurança das urnas e o sistema de votação, sem provas, em agosto deste ano

A Polícia Federal pretende ouvir o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), no caso de vazamento de inquérito sobre ataque hacker contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018. Ainda não há confirmação da data do depoimento. Segundo a CNN, o presidente teria se utilizado do conteúdo de um inquérito e atacado a segurança das urnas e o sistema de votação, sem provas, em agosto deste ano.

No mesmo mês, o TSE enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime sobre documentos divulgados por Bolsonaro nas redes sociais, com a alegação de que eles provariam a invasão nos sistemas eleitorais brasileiros.

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À época, o TSE justificou o pedido de apuração de eventual delito cometido “por parte do delegado de Polícia Federal que preside as investigações, do deputado federal Filipe Barros (PSL) e do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, de informações confidenciais contidas no inquérito da Polícia Federal que investiga o ataque hacker sofrido pelo Tribunal em 2018”.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, chegou a abrir uma investigação para apurar a conduta do presidente, atendendo uma notícia-crime apresentada pelo TSE. O magistrado também pediu investigação ao deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) e afastou o delegado da PF Victor Neves Feitosa. O ministro  determinou ainda que os links divulgados por Bolsonaro fossem removidos.

Segundo Moraes, o levantamento do sigilo pelo delegado da Polícia Federal e o compartilhamento dos documentos pelo presidente e pelo deputado bolsonarista podem configurar o crime de divulgação de segredo com potencial prejuízo à administração pública. Segundo o TSE, a invasão em si não representou riscos às eleições de 2018.

Em novembro, o presidente prestou depoimento à PF em uma investigação que apura uma possível interferência pelo chefe do Executivo na corporação. Na ocasião, Bolsonaro negou as acusações e defendeu ter demitido o diretor-geral Maurício Valeixo por "falta de interlocução" com ele, mas reforçou que a troca de comando da PF não foi por motivação política.

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