Comissão do Senado convida Augusto Aras a explicar destino do relatório da CPI da Covid

A instauração da apuração preliminar para analisar as conclusões da CPI foi anunciada no último dia 28 por Aras, um dia após senadores entregarem à PGR o relatório final das investigações

Perto de completar 30 dias do encerramento da CPI da Covid, o procurador-geral da República, Augusto Aras, ainda não deu início a indiciamentos recomendados pelo colegiado. A demora em uma resposta efetiva sobre as investigações levou a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) a aprovar nesta terça-feira, 23, um requerimento de convite ao PGR para explicar quais ações foram tomadas com relação ao relatório final da CPI, aprovado no dia 26 de outubro.

Autor do requerimento, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que vai cobrar explicaçõs de Aras sobre o andamento da investigação preliminar que analisa o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito.

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"Encontra-se sob a mesa de sua excelência a sugestão de indiciamento de pelo menos oito pessoas com foro privilegiado, entre eles o presidente da República. O que nós gostaríamos de saber do senhor procurador-geral da República é o seguinte: se dará encaminhamento às investigações, instaurará um inquérito que seja, pelo menos um inquérito que seja, no Supremo Tribunal Federal, já moverá a ação penal em relação ao presidente da República. Investigação preliminar me parece claramente uma ação protelatória" disse Randolfe.

Fabiano Contarato (Rede-ES) também lamentou a demora do PGR. "A Comissão Parlamentar de Inquérito substitui inquérito, não precisaria nem de um inquérito para ele ser instaurado, bastaria ele deflagrar a ação penal", apontou.

A instauração da apuração preliminar para analisar as conclusões da CPI foi anunciada no último dia 28 por Aras, um dia após senadores entregarem à PGR o relatório final das investigações. Aras têm 30 dias para tomar providências em relação ao relatório.

Senadores entregaram o relatório final a Aras no dia 27 de outubro, um dia depois do encerramento dos trabalhos da comissão. Em outubro, a PGR abriu apuração preliminar para analisar o relatório final entregue pela CPI. Nele há 80 pedidos de indiciamentos, sendo 13 de pessoas com foro privilegiado, e atribuindo nove crimes ao presidente Jair Bolsonaro.

 

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