No RJ, vereador diz em plenário que torturador que matou Marighella deveria ter "levado" Dilma também
Parlamentar usou a tribuna para homenagear um dos nomes mais conhecidos do período repressivo e ofender a ex-presidente Dilma Rousseff (PT)No último dia 9 de novembro, na cidade de Resende, no Rio de Janeiro, um vereador utilizou o espaço no plenário da Câmara local para homenagear o delegado Sergio Paranhos Fleury, do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) de São Paulo, um dos repressores mais conhecidos do período.
O parlamentar José Antônio Nogueira (Patriota) parabenizou Fleury por ter “executado” Carlos Marighella, líder da Ação Libertadora Nacional (ALN) e retratado em filme recentemente lançado no país. O vereador classificou a execução como um “feito histórico” e ainda disse que o opressor deveria ter dado o mesmo destino a outros combatentes do regime, como a “terrorista Dilma”.
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AssineNo momento da fala, Zé Antônio usa um boné com a inscrição “Bolsonaro 2022”.
O Partido dos Trabalhadores de Resende lançou uma nota de repúdio na ocasião e protocolou nesta quinta-feira, 18, uma notícia crime contra o parlamentar no Ministério Público. A agremiação ainda pediu à Câmara de Municipal a instauração de processo político administrativo contra o vereador.
Nas redes sociais, José Antônio argumenta que tem sido atacado pelo PT por exercer a liberdade de expressão.
Veja vídeo:
Além da perseguição a Marighella e acusação de diversos crimes, como a atuação em esquadrões da morte, são atribuídos a Fleury diversos outros episódios de sequestro, tortura e assassinato durante a ditadura militar, como o do militante Carlos Lamarca e do frade católico cearense Frei Tito.
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