Novo guru econômico de Moro diz que não pretende ser Posto Ipiranga de ninguém
O ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore foi apresentado como conselheiro econômico pelo ex-juiz e agora presidenciável Sérgio Moro (Podemos)
O ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, apresentado como conselheiro econômico pelo ex-juiz e agora presidenciável Sérgio Moro (Podemos), disse que não pretende “ser Posto Ipiranga de ninguém”; alfinetando o atual ministro Paulo Guedes (Economia). Segundo ele, o plano para a economia em uma eventual gestão Moro terá o foco dividido entre o combate à pobreza, o crescimento com distribuição de renda e a responsabilidade fiscal.
Nas redes sociais, Moro publicou uma foto do livro Erros do Passado, Soluções para o Futuro, de Pastore, como demonstrativo da escolha do seu novo guru econômico. Grupo reunido por Pastore vê o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro como a terceira via ideal para as eleições de 2022 e já teria começado a desenhar um plano econômico. A informação é do Estadão.
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“Eu não tenho nenhuma pretensão de ser ‘Posto Ipiranga’ de ninguém. O que eu tenho feito com o ministro Moro é expor minhas ideias e ouvir os contrapontos. Desculpa, eu não vou falar em nome dele. Ele vai falar em nome dele. Eu não tenho nenhum engajamento em dar respostas por ele. O que me anima é que ele está disposto a me ouvir”, disse em entrevista.
E seguiu: “Eu vou dizer o seguinte: ele tem uma noção muito clara dos problemas econômicos e é capaz de colocar perguntas inteligentes que encaminhem a discussão para respostas que façam sentido. É uma coisa muito diferente de uma relação de economista com alguém que não entende nada e não quer entrar na discussão”, concluiu Pastore.
Perfil
Doutor em Economia pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade de São Paulo (FEA-USP), o novo guru econômico de Moro iniciou sua vida pública ainda em 1966, quando foi assessor do Secretário da Fazenda de São Paulo, Delfim Neto, se tornando ele mesmo titular da pasta, em 1979.
Pastore foi presidente do Banco Central (BC) entre os anos de 1983 e 1985, durante o governo de João Figueiredo, nos últimos anos da ditadura militar. Além de ex-diretor da Faculdade de Economia da USP, o economista atualmente é colunista do jornal O Estado de S. Paulo e sócio de uma empresa de consultoria macroeconômica.
Você pode acessar o perfil de Pastore, na íntegra, clicando aqui.
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