Após demissão de Maurício Souza, Flávio Bolsonaro pede boicote contra Fiat e Gerdau

O atleta postou vídeo reiterando que a culpa não seria do Minas Tênis Club, mas sim "da turma da lacração, fazendo pressão em cima dos patrocinadores"

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) se manifestou em suas redes sociais, nesta quarta-feira, 27, pedindo o boicote contra Fiat e Gerdau, patrocinadoras do Minas Tênis Club. A agremiação rescindiu o contrato de Maurício Souza após as marcas cobrarem um posicionamento do clube a respeito da publicação de conteúdos homofóbicos pelo jogador.

O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) saiu em defesa de Souza, e afirmou que ele teria sido afastado “apenas por exercer o direito à liberdade de expressão”. De acordo com o senador, a Fiat e Gerdau foram “os responsáveis pela perseguição” ao atleta.

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Em seu perfil do Instagram, Flávio escreveu: "Não compre produtos da Fiat e da Gerdau, são contra a liberdade de opinião! Estes patrocinadores do vôlei do Minas Tênis Clube são os responsáveis pela perseguição ao grande Maurício Souza! Comer o pão que o diabo amassou pra vencer na vida, pelos próprios méritos, não vale nada para esses patrocinadores. Toda minha solidariedade a você, Maurício! Não vai faltar time querendo seu talento e respeitando suas opiniões".

Souza é apoiador do presidente e, anteriormente, o próprio mandatário também declarou suporte ao central, afirmando que atualmente "tudo é homofobia, tudo é feminismo".

Além de ter sido afastado e multado pelo clube, Maurício Souza também foi obrigado a se retratar. De acordo com informações da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, a Fiat e a Gerdau, que patrocinam a equipe masculina de vôlei do Minas, exigiram um posicionamento mais firme da diretoria, que havia apenas publicado uma nota.

Souza então postou vídeo pedindo “desculpas aos que se sentiram ofendidos” com o que ele chamou de “opinião”. "Vim para pedir desculpas a todos os que se sentiram ofendidos com a minha opinião, por eu defender aquilo em que acredito", disse. Logo após a postagem, o jogador esclareceu que estava apenas cumprindo um protocolo ao postar a retratação.

O atleta reiterou em outro vídeo que a culpa não seria do Minas Tênis Club, mas sim "da turma da lacração, fazendo pressão em cima dos patrocinadores, que acarretou no patrocinador ameaçar o Minas de tirar o patrocínio”.

O post do atleta, que levou ao imbróglio, foi feito em outubro e continha um anúncio da DC Comics de que o novo Super-Homem, filho do Super-Homem original, vai se descobrir bissexual nas próximas edições dos quadrinhos. Na publicação que continua disponível após o jogador se recusar a apagar, Souza critica: "Ah, é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar".

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Demissão Flávio Bolsonaro Maurício Souza Homofobia Vôlei

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