Em Brasília, Tasso reuniu membros da CPI da Covid para jantar de "pacificação"

Encontro entre principais membros da comissão tem objetivo de definir questões do relatório final

Foi realizada noite desta terça-feira, 19, uma reunião na casa do senador cearense Tasso Jereissati (PSDB), em Brasília, para pacificar divergências entre membros da CPI da Covid em relação ao relatório final da comissão. Segundo informações da Agência Senado, participaram do encontro membros do “campo majoritário” do colegiado.

O documento final da comissão que investiga ações e omissões cometidas na gestão da pandemia do novo coronavírus deve ter 1.200 páginas, com proposta de indiciamento de 70 pessoas físicas e duas jurídicas: as empresas VTCLog e Precisa Medicamentos, envolvidas em suspeitas de irregularidades em negociações com o Ministério da Saúde para a compra de vacinas.

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Segundo versão do conteúdo do relatório divulgada pela imprensa, há no documento proposta de indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), dos filhos dele e de mais 40 nomes ligados a situação ocorridas durante a pandemia tem sido alvo de críticas após vazamento para a imprensa.

O relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL) negou que tenha havido vazamento da versão final proposta. Segundo o senador, o conteúdo divulgado faz parte de uma minuta que estava pronta há meses e não continha nada sigiloso. O parlamentar também negou que ele próprio tenha disponibilizado as informações.

Na reunião desta terça-feira, o senador Omar Aziz (PSD-AM) disse ter recebido a versão do relatório nesta manhã e confirmou o dia 26 como data prevista para a votação, para que todos os membros pudessem analisar com mais tempo o material.

“Seria praticamente impossível a gente ler hoje e votar no dia seguinte. Não cabia, e poderia haver um questionamento sobre cercear o conhecimento do relatório por parte dos membros “, explicou o presidente da comissão.

Um dos pontos de divergência é sobre a atribuição do crime de genocídio contra indígenas ao presidente da República. O senador Humberto Costa (PT-PE), o enquadramento só poderia ser aplicado em caso de suposta omissão do governo em relação a diversos direitos dos indígenas, como invasão de terras, mineração ilegal e assassinatos cometidos por grileiros.

“Nós não podemos passar pano para ninguém, mas não podemos entrar numa linha que qualquer promotor de primeira instância [pegue o relatório e] diga: isso aqui não segue”, explicou Humberto.

Com informações da Agência Senado.

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