CNBB pede punição a deputado bolsonarista que chamou arcebispo e papa de "vagabundos" e "pedófilos"

O deputado estadual Frederico D’Avila (PSL-SP) acusou os religiosos de proselitismo político e também usou termos como "câncer" e "imunda" para se referir à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma carta aberta à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), cobrando uma punição ao deputado estadual Frederico D’Avila (PSL-SP) por ter atacado e xingado tanto a instituição quanto líderes religiosos durante uma sessão da Alesp na semana passada.

D'Avila xingou o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, a CNBB e o papa Francisco e usou termos como "safados", "vagabundos" e "pedófilos", para se referir a estes. O parlamentar acusou os religiosos de proselitismo político e também usou termos como “câncer” e “imunda” para se referir à conferência dos bispos. A CNBB cobrou da Alesp medidas contra o deputado.

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Na carta, a CNBB destaca que “o parlamentar atacou o Santo Padre o Papa Francisco, a CNBB, e particularmente o Exmo. e Revmo. Sr. Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida. Feriu e comprometeu a missão parlamentar, o que requer imediata e exemplar correção pelas instâncias competentes”.

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E seguiu: “A CNBB, respeitosamente, espera dessa egrégia casa legislativa, confiando na sua credibilidade, medidas internas eficazes, legais e regimentais, para que esse ultrajante desrespeito seja reparado em proporção à sua gravidade —sinal de compromisso inarredável com a construção de uma sociedade democrática e civilizada”.

Em missa realizada no feriado da última terça-feira, 12 de outubro, em Aparecida, o arcebispo Dom Orlando pregou mais solidariedade com os pobres e criticou questões armamentistas e a disseminação de fake news no País. "Vamos abraçar os nossos pobres e também nossas autoridades para que juntos construamos um Brasil pátria amada. E para ser pátria amada não pode ser pátria armada", disse na ocasião. Apesar de não ter citado nomes, o sermão foi interpretado como um recado ao governo e apoiadores, que defendem pautas armamentistas.

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