Omar Aziz solicita condução coercitiva de Marconny Albernaz

A CPI da Covid não está conseguindo entrar em contato com o lobista, ligado à Precisa Medicamentos

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), acionou o Supremo Tribunal Federal para que a polícia do Senado realize uma condução coercitiva do lobista Marconny Albernaz, ligado à Precisa Medicamentos. O depoente era o convocado a prestar esclarecimentos  nesta quinta-feira, 2, ao colegiado da comissão, porém, os parlamentares não conseguiram contato com ele desde o início da manhã. 

No documento, a CPI considera que Albernaz fez de tudo para não comparecer. Ainda nesta manhã, o lobista pediu ao STF para não ter que depor à comissão. Segundo a defesa de Marconny, boa parte das acusações contra o depoente são fruto de uma investigação do Ministério Público do Pará. Segundo a defesa, elas não teriam ligação com o escopo das investigações dos senadores. 

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Os advogados solicitam ainda para que seja reconhecida a condição de investigado do depoente e que, se ele optar por prestar depoimento, seja garantido o direito ao silêncio.

Nesta quarta-feira, 1º de setembro, Marconny havia apresentado um atestado médico para não prestar depoimento. ele alegou estar com dores pélvicas. Depois da pressão dos parlamentares, o médico responsável pelo atestado recuou e disse que iria cancelar o atestado.

A CPI fez uma mudança na agenda desta quinta. Em vez de Francisco Araújo Filho, ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, o colegiado pretende tomar o depoimento de Marconny, apontado como um lobista da Precisa Medicamentos, empresa que atuou como intermediária no contrato da vacina indiana Covaxin e que está sob investigação. 

A CPI obteve mensagens trocadas entre Marconny o ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) José Ricardo Santana. Na conversa, o Santana menciona que conheceu o suposto lobista da Precisa na casa da advogada do presidente da República, Jair Bolsonaro, Karina Kufa, que deverá ser ouvida nas próximas reuniões da comissão. 

Senadores apontaram que Santana e Marconny teriam conversado sobre processo de contratação de 12 milhões de testes de covid-19 entre o Ministério da Saúde e a Precisa. Uma das mensagens trocadas aponta que “um senador” poderia ajudar a “desatar o nó” do processo.

Autor do requerimento aprovado em 19 de agosto, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) aponta que essas e outras mensagens reforçam a existência de um mercado interno no Ministério da Saúde que busca facilitar compras públicas e beneficiar empresas, assim como o poder de influência da empresa Precisa Medicamentos antes da negociação da vacina Covaxin.


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