Pacheco admite crise entre Poderes e afirma que Congresso "não permitirá retrocessos"

Presidente do Senado se manifestou após ameaça do presidente Jair Bolsonaro a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)

Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciar no último sábado, 14, que vai entregar ao Senado Federal um pedido de abertura de processos contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), realizou pronunciamento pelas redes sociais nesta segunda-feira, 16, e falou em “momento de crise”.

O presidente da Casa voltou a afirmar que o Congresso não permitirá "retrocessos" e que realiza uma "vigorosa vigilância" da democracia. "O diálogo entre os Poderes é fundamental e não podemos abrir mão dele, jamais. Fechar as portas, derrubar pontes, exercer arbitrariamente suas próprias razões são um desserviço ao país", escreveu o senador em seu perfil.

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"Portanto, é recomendável, nesse momento de crise, mais do que nunca, a busca de consensos e o respeito às diferenças. Patriotas são aqueles que unem o Brasil, e não aqueles que querem dividi-lo. E os avanços democráticos conquistados têm a rigorosa vigilância do Congresso, que não permitirá retrocessos", acrescentou", Pacheco.

Na mesma linha se manifestou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que afirmou mais cedo pelas redes sociais ser "um ferrenho defensor constitucional da harmonia e independência entre os Poderes."
"Vigilante e soberana, a Câmara avança nas reformas, como a tributária que votaremos nessa semana, na certeza de que o país precisa de mais trabalho e menos confusão", disse.

A ação dos parlamentares acontece após um fim de semana tumultuado e uma série de polêmicas que sucederam a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, após ataques a instituições.


Um dia após a prisão de seu aliado, Bolsonaro ameaçou acionar o Senado contra Moraes e Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


O mandatário avalia levar pessoalmente o pedido ao Senado, acompanhado de vários de seus ministros. Segundo a Folha de São Paulo, Pacheco tem dito a interlocutores ser contrário a essa possibilidade, mas considera receber Bolsonaro para não criar novos constrangimentos e atritos.


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